Sequências deposicionais de alta frequência no Quaternário da Bacia de Pelotas (planície costeira): registro de empilhamento degradacional em função de queda do nível de base em longo período

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

RESUMO: O objetivo deste trabalho foi analisar o registro sedimentar da Bacia de Pelotas, contextualizando-o em escalas temporais e espaciais e propondo um arcabouço estratigráfico hierarquizado. A planície costeira, localizada no Sul do Brasil e Norte do Uruguai, é principalmente formada por quatro sistemas deposicionais do tipo laguna-barreira. Os três sistemas mais jovens foram estudados por meio da integração de dados de superfície e de subsuperfície (mapeamento geomorfológico e topográfico, descrição de afloramentos, geoprocessamento, datações e registros de georradar) e interpretados como a porção costeira, preservada, de sequências deposicionais controladas principalmente por ciclos glacioeustáticos da ordem de 100 ka. O padrão de empilhamento das três sequências, em conjunto, é progradacional com altitudes mais baixas no sentido do oceano (máximos níveis do mar medidos: 9,5, 8 e 3 m, respectivamente), correspondendo a um conjunto de sequências degradacionais, ou ao trato de sistemas regressivos/nível em queda de uma sequência de maior ordem, identificada em seções sísmicas, com aproximadamente 0,5 Ma. A sequência mais jovem possui tratos de sistemas diácronos - enquanto alguns setores já possuem o registro do trato de sistemas de nível alto/em queda, outros ainda se encontram em contexto transgressivo. Isso indica que nesse tempo e escala o nível do mar não representa o principal controle da evolução costeira, e fatores autogênicos são fundamentais no desenvolvimento do registro geológico.

ASSUNTO(S)

laguna-barreira glacioeustasia diacronismo dos tratos de sistemas georradar evolução costeira do rio grande do sul

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