Seqüelas respiratórias de doenças virais: do diagnóstico ao tratamento

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-12

RESUMO

Objetivos: o objetivo do presente texto é apresentar uma revisão acerca das principais questões clínicas que envolvem o pediatra frente ao diagnóstico, manejo e prognóstico da situação. Fontes de dados: foram utilizadas informações de artigos publicados em revistas científicas nacionais e internacionais, selecionadas das bases de dados Lilacs e Medline. Síntese dos dados: para fins diagnósticos, a investigação radiológica evidencia hiperinsuflação pulmonar, espessamento dos feixes broncovasculares e, menos freqüentemente, bronquiectasias, atelectasias e hiperlucência pulmonar. A tomografia computadorizada permite visualizar alterações estruturais e funcionais, como aprisionamento de ar, bronquiectasias e padrão mosaico. Estudos funcionais pulmonares, em crianças e lactentes, revelam invariavelmente redução acentuada dos fluxos expiratórios. Biópsia pulmonar não é obrigatória para confirmação de bronquiolite obliterante (BO). O diagnóstico pode ser feito pela combinação de história de bronquiolite, doença pulmonar obstrutiva crônica e alterações tomográficas características. O tratamento feito pela maioria dos centros inclui corticóides orais e inalatórios e broncodilatadores por períodos prolongados, e o manejo das exacerbações freqüentemente requer antibióticos e fisioterapia. Conclusões: a maioria dos pacientes tem uma evolução favorável, com lenta melhora da função pulmonar e da necessidade de oxigênio suplementar. Alguns pacientes evoluem com piora progressiva da hipoxemia e retenção de CO2, levando à hipertensão pulmonar e cor pulmonale. A maioria dos pacientes portadores de BO pós-infecciosa apresenta quadros leves e moderados, fazendo com que o prognóstico, em geral, seja bom, com baixa mortalidade.

ASSUNTO(S)

bronquiolite obliterante crianças tomografia bronquiolite viral espirometria

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