Sepse e gravidez: sabemos tratar?

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. ter. intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-12

RESUMO

Sepse é definida por síndrome da resposta inflamatória aguda secundária a um foco infeccioso. Associa-se a elevadas taxas de incidência, morbidade e mortalidade, gerando importante gastos financeiros, especialmente por causas de suas complicações, como choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos. As toxinas dos patógenos, associadas à suscetibilidade individual, culminam com a liberação de citocinas capazes de promover resposta inflamatória aguda sistêmica, sendo esta uma das responsáveis pela disfunção de múltiplos órgãos e eventual óbito do paciente. Especificamente em relação a gestantes, as taxas de incidência e morbimortalidade são menores, dado que as mesmas representam um grupo mais jovem e com menos comorbidades. A etiologia mais comum nesse grupo é de origem polimicrobiana. A gestante apresenta particularidades fisiológicas que conferem características específicas na apresentação clínica e laboratorial da sepse nesse grupo. Assim, o melhor conhecimento dessas alterações é fundamental para melhor identificação e condução dessas pacientes. A presença do feto também confere singularidade na abordagem das mesmas. O tratamento da sepse baseia-se em algumas diretrizes que foram construídas após importantes ensaios clínicos, os quais, infelizmente, sempre tiveram as grávidas como fator de exclusão. Assim, extrapola-se o tratamento da sepse para a população em geral também para a população de gestantes, sendo as principais metas: manutenção da perfusão tecidual com reposição volêmica e drogas vasoativas (ressuscitação inicial); oxigenação adequada; controle do foco infeccioso e antibioticoterapia precoce; controle glicêmico; infusão de corticoide e transfusão sanguínea quando bem indicadas; profilaxias e, especificamente, vigilância e manutenção da vitalidade fetal.

ASSUNTO(S)

sepse gravidez complicacoes infecciosas na gravidez

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