Sepse de ataque tardio e colonização bacteriana intestinal em neonatos de muito baixo peso recebendo nutrição parenteral total

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Soc. Bras. Med. Trop.

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/07/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi estabelecer a taxa de sepse de ataque tardio (LOS) do nosso serviço, caracterizar a microbiota intestinal e avaliar uma possível associação entre a flora intestinal e sepse em recém-nascidos cirúrgicos que estavam recebendo nutrição parenteral (NP). MÉTODOS: Culturas do intestino foram colhidas no início da nutrição parenteral e, posteriormente, uma vez por semana. As amostras para a cultura de sangue foram coletadas com base em critérios clínicos estabelecidos pela equipe médica. A ponta do cateter venoso central (CVC) foi removida sob condições assépticas. Métodos laboratoriais padrão foram usados para identificar os microrganismos que cresceram em culturas de sangue, do intestino, e da ponta do CVC. RESULTADOS: Foram analisados 74 recém-nascidos de muito baixo peso. Todas as crianças estavam recebendo nutrição parenteral e antibióticos quando a cultura do intestino foi iniciada. No total, 21 (28,4%) crianças apresentaram 28 episódios de sepse tardia sem fonte identificada. Os estafilococos coagulase negativo foram os mais comuns das bactérias identificadas, tanto no intestino (74,2%) como no sangue (67,8%). Todas as infecções ocorreram em pacientes que receberam nutrição parenteral através de um cateter venoso central. Seis crianças experimentaram episódios de translocação microbiana. CONCLUSÕES: Neste estudo LOS foi o episódio mais frequente em recém-nascidos recebendo nutrição parenteral e submetidos a cirurgia, 28,6% da infecção provavelmente foi um fenômeno derivado do intestino o que exige novas estratégias para a prevenção.

ASSUNTO(S)

neonatos colonização bacteriana intestinal sepse tardia muito baixo peso

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