Sensibilização intranasal com antígenos de Blomia tropicalis induz respostas alérgicas em camundos caracterizadas pela elevada contagem de soro IgE antígeno-específico e não específico e de eosinófilos no sangue periférico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-02

RESUMO

Para avaliar a capacidade alergizante do antígeno da Blomia tropicalis (Bt) a produção de IgE específica e não específica a antígeno Bt foi monitorada em camundongos BALB/c após exposição ao antígeno por via nasal. Foi evidenciado que Bt contem um alérgeno funcional em seus componentes. Os componentes alergênicos entretanto, quando administrados por via intra-nasal, sem qualquer adjuvante, não induzem resposta IgE durante um pequeno período. Por outro lado, a inoculação intra-nasal de antígenos Bt aumentou a resposta sérica de IgE em camundongos pré-tratados por uma injeção inicial sensibilizante sub-cutânea aos mesmos antígenos. A inoculação do antígeno Bt sem as injeções sensibilizantes iniciais induziu a produção de anticorpos IgE somente quando o antígeno foi administrado de maneira contínua, por um período longo de mais de 24 semanas. Mesmo quando as injeções sensibilizantes iniciais foram ausentes, o antígeno Bt inoculado com a toxina de cólera (CT) como adjuvante mucoso também aumentou de maneira significante a resposta IgE antígeno específica do Bt dependendo da dose de CT administrada conjuntamente. O presente estudo também demonstrou que camundongos inoculados com antígeno Bt/CT mostram aumento do nível IgE não específico no soro e médias de eosinófilos no sangue periférico sem qualquer elevação da contagem total de leucócitos. A análise por Immunoblot demonstrou cinco principais componentes antigênicos reativos aos anticorpos IgE induzidos. Estes componentes na posição 44-64 kilodaltons foram considerados importantes antígenos-candidatos para o diagnóstico da alergia relacionada ao ácaro.

Documentos Relacionados