“Señora, no espere que un día de hospital cure 40 años de mala vida”: morte, emoções e fronteira
AUTOR(ES)
Olivar, José Miguel Nieto
FONTE
Horiz. antropol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
05/08/2019
RESUMO
Resumo Este artigo é produto de mais de sete anos de pesquisa sobre gênero, sexualidade, dinheiro, Estado e fronteiras na cidade de Tabatinga (AM), na tríplice fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru. Proponho uma reflexão sobre a produção emocional da fronteira e sobre a fronteira como materialização performativa de determinadas gramáticas emocionais. Através da narrativa fortemente implicada no adoecimento e morte da Carmelo, “patrona” de um prostíbulo transfronteiriço naquela cidade, argumento que adoecer e rumar-se à morte implica para algumas pessoas um doloroso processo de sujeição e periferização, atravessado por uma testagem derradeira dos circuitos e gramáticas afetivas através das quais se produziu a vida. Tal processo implica atualizações e performatizações de emoções que podem estar relacionadas com a construção mito-conceitual da Fronteira.Abstract This article is a result of over 7 years of research on gender, sexuality, money, State and borderlands in Tabatinga city (AM), at the triple border region between Brazil, Colombia and Peru. I propose a reflection on the emotional production of the broder/frontier and about it as a performative materialization of specific emotional grammars. Through the strongly implicated narrative of the illness and death of Carmelo, a transborder brothel “madam” in that town, I claim that to sicken and direct into death implies in a painful process of submission and peripherization for some people, crossed by a final testing of circuits and affective grammars through which life built itself. Such process implies in effectuation and enacting of emotions that can be related to the myth-conceptual construction of Border.
Documentos Relacionados
- "Tempo é vida": um dever de conscientização da morte súbita
- NÃO MORTE, PENSAMENTO E VIDA EM “O FILHO DE SAUL”
- Viver de morte, morrer de vida o paradoxo vida-morte na perspectiva da complexidade e suas implicações na educação.
- Percursos acelerados de jovens condutores ilegais: o risco entre vida e morte, entre jogo e rito
- De quem é a morte, afinal de contas?