Selvagens e intrusos em seu próprio território: a expropriação do território Jê no Sul do Brasil (1808-1875)
AUTOR(ES)
Aline Ramos Francisco
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Neste estudo procuramos ressaltar as circunstâncias do processo de ocupação e colonização ocidental de um ou vários territórios de populações Jê Meridionais. Estes grupos indígenas mantinham relações de amizade ou inimizades circunstanciais entre si que visavam, sobretudo, o domínio de um amplo território considerado necessário à manutenção de seu modo de exploração do ambiente.Durante o processo de ocupação e conseqüente expropriação dos territórios Jê do planalto sulino, no decorrer do século XIX, as relações intratribais, baseadas na boa convivência e na reciprocidade se transformaram, prevendo a inclusão de moradores e do poder público nestas alianças que mantiveram, contudo, sua principal motivação, a preservação, a garantia de circulação e de domínio sobre seu território tradicional.Não obstante a resistência ofensiva e a fuga, as alianças de certos grupos Kaingang com moradores e com o poder público estiveram inscritas nas práticas sociais dos Kaingang e decorreram do reconhecimento por parte destes das mudanças advindas com a conquista de suas terras. Esta consciência em relação à utilidade estratégica de alianças levou estes grupos a perceberem o aldeamento como oportunidade para preservar parte de seus territórios e de barganhar, mantendo sua condição de índios e, sobretudo, de chefes, certas posições de prestígio e de poder dentro da hierarquia da sociedade então constituída
ASSUNTO(S)
índios kaingang, rio grande do sul historia ocupações colonização populações jê meridionais
ACESSO AO ARTIGO
http://bdtd.unisinos.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=178Documentos Relacionados
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