Self made nations: Domício da Gama e o pragmatismo do bom senso

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Domício da Gama foi um diplomata que zelou pelos interesses do Brasil de modo muito particular. Guiado por sua própria norma de conduta, entendia que, caso fosse necessário, deveria estragar a sua própria situação em nome dos interesses nacionais. Vigilante e atento a tudo o que interessava ao Brasil, foi, antes de tudo, uma pessoa que optou por não chamar a atenção para si. Seu legado para a inserção internacional do Brasil foi uma visão de um Brasil forte por mérito próprio, e não utilizando o marchar se possível de Rio Branco ou ainda o marchar com de Lauro Müller. Nesta visão altaneira e exigente de um comportamento com densidade nacional, enquanto um bloco de condições fundamentais derivadas e instrumentais, percebe-se o quanto o pensamento de Domício da Gama era diferente dos seus coetâneos, visionário, ao pensar além de sua época. Ao estabelecer a proteção dos interesses nacionais como condição sine qua non para a preservação da identidade nacional em negociações internacionais, ele criou um limite fundamental entre as pretensões dos estados, seus relacionamentos e ingerências internas. Domício da Gama estabeleceu interesses nacionais enquanto paradigmas para a inserção do Estado nas relações internacionais, por não acreditar em amizades coletivas. Ao considerar que o hábito intervencionista norte-americano beirava os limites da descortesia internacional, ele pareceu vislumbrar um cenário que estaria em andamento cem anos depois.

ASSUNTO(S)

política internacional relacoes internacionais diplomatas - brasil diplomacia

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