SELEÃÃO DE LINHAGENS DE ALFACE CRESPA PARA O VERÃO DERIVADAS DO CRUZAMENTO "SALINAS 88" x " VERÃNICA" COM TOLERÃNCIA AO LMV E A NEMATÃIDES

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A necessidade de se produzir alface nas mais variadas regiÃes brasileiras, ao longo do ano, implica na exigÃncia do desenvolvimento de cultivares com menor suscetibilidade ao calor e resistÃncia a outros problemas comuns, como os nematÃides de galhas e o LMV. Objetivando selecionar quinze famÃlias F4 de alface do cruzamento âVerÃnicaâ x âSalinas 88â, quanto à resistÃncia ao Meloidogyne javanica, ao LMV, tolerÃncia ao calor e tipo de folhas, dois experimentos foram conduzidos, no municÃpio de Ijaci, MG. O primeiro, em campo, em DBC com 5 repetiÃÃes e 8 plantas por parcela, no qual se utilizaram quinze famÃlias F4 (prÃ-selecionadas) alÃm das cultivares parentais, e da cultivar testemunha Regina 71 â de folhas lisas e tolerantes ao calor. Aos 56 dias apÃs o transplantio, foi feita a avaliaÃÃo quanto ao tipo de folhas, atribuindo-se notas, para cada planta individualmente, para borda, limbo e cor das folhas. A avaliaÃÃo quanto à tolerÃncia ao calor foi realizada anotando-se o nÃmero de dias decorridos do transplantio atà a primeira antese. As mÃdias de cada famÃlia foram comparadas com as testemunhas pelo teste de Dunnett, a 5% de probabilidade. Verificou-se, quanto Ãs caracterÃsticas comerciais, que ainda à necessÃrio um ou mais retrocruzamentos com uma cultivar do tipo crespa para a recuperaÃÃo deste fenÃtipo. Com relaÃÃo à tolerÃncia ao florescimento precoce, seis famÃlias avaliadas apresentaram mÃdias semelhantes à da testemunha âRegina 71â, sendo consideradas resistentes. O segundo experimento foi realizado em estufa, em bandejas de poliestireno expandido de 128 cÃlulas, em DIC com seis repetiÃÃes e oito plantas por parcela. Os tratamentos foram compostos pelas cultivares parentais VerÃnica e Salinas 88, alÃm de suas 15 famÃlias F4, previamente selecionadas para estas caracterÃsticas nas geraÃÃes F2 e F3, respectivamente. Quanto à resistÃncia aos nematÃides, o substrato foi infestado com ovos de M. javanica, na proporÃÃo de 30 ovos.cm-3 de substrato. Avaliou-se, aos 45 dias apÃs a infestaÃÃo, cada planta, retirando-a da bandeja e atribuindo-se notas de 1 a 5, conforme a incidÃncia de galhas visÃveis no torrÃo, alÃm da contagem do nÃmero de galhas por sistema radicular. As mÃdias dos caracteres avaliados de cada progÃnie foram comparadas com as mÃdias das cultivares parentais, de acordo com teste de Dunnett, a 5% de probabilidade. As seis famÃlias resistentes para os dois caracteres foram consideradas homozigotas resistentes ao M. javanica. Quanto à resistÃncia ao LMV, as plantas foram inoculadas mecanicamente no estÃdio de 5-6 folhas verdadeiras. A avaliaÃÃo foi feita aos 25 dias apÃs a inoculaÃÃo, pela manifestaÃÃo e o tipo dos sintomas. Essa avaliaÃÃo foi feita visualmente, atribuindo-se uma nota que variou de 1 a 5, sendo nota 1 atribuÃda a homozigotas resistentes e a nota 5 à suscetibilidade. Oito famÃlias foram consideradas homozigotas para o carÃter. Confrontando-se os resultados dos dois experimentos, conclui-se que uma famÃlia revelou potencial para ser utilizada para dar continuidade ao programa de melhoramento, uma vez que se apresentou resistente aos nematÃides, ao LMV e tolerante ao calor, podendo originar novas linhagens de alface, promissoras para essas caracterÃsticas.

ASSUNTO(S)

lactuca sativa, florescimento precoce, nematÃide das galhas early bolting lactuca satva l root-knot. fitotecnia

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