Segurança alimentar de suplementos comercializados no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Rev Bras Med Esporte

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-10

RESUMO

INTRODUÇÃO: A ingestão de suplementos deve ser seguro à saúde.OBJETIVO: Avaliar a segurança alimentar de suplementos dietéticos no Brasil.MÉTODOS: Os produtos foram pesquisados em 36 websites dos mais relevantes em venda de suplementos no Brasil. Para a verificação da situação legal dos produtos e seus fabricantes, consultou-se a legislação brasileira e o banco de dados do Ministério da Saúde.RESULTADOS: Identificou-se 3526 suplementos, sendo 63% comercializados para fins de emagrecimento e hipertrofia muscular. Dentre os 3526 produtos, 68,7% possuíam obrigatoriedade de registro no Ministério da Saúde, sendo a maioria registrada como "Alimentos para atletas" (49%, n=1189). Constatou-se que 70,7% dos fabricantes de 2425 suplementos estavam ou comercializavam produtos em situação irregular. Dentre os 100 suplementos destinados ao emagrecimento e hipertrofia líderes de venda na internet, 40% eram vendidos ilegalmente. Todos os produtos regularizados vendidos para emagrecimento e 22% para hipertrofia estavam registrados em categorias incompatíveis aos fins comerciais. Todos os websites ofertavam alimentos funcionais como fitoterápicos e vice-versa, e 27% vendiam alimentos de origem animal como fitoterápicos. Dentre os suplementos registrados para nutrição enteral (n=91), 45% eram vendidos para fins estéticos e explosão muscular.CONCLUSÃO: Suplementos para hipertrofia muscular e emagrecimento podem constituir tendência de mercado no Brasil. A decisão do Ministério da Saúde de isentar categorias de alimentos para atletas, e outros fins específicos da obrigatoriedade de registro, pode aumentar os riscos à saúde dos consumidores.

ASSUNTO(S)

legislação suplementos dietéticos atletas hipertrofia perda de peso

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