Sedação consciente para endoscopia digestiva alta realizada por médicos endoscopistas
AUTOR(ES)
Kauling, Ana Laura Colle, Locks, Giovani de Figueiredo, Brunharo, Guilherme Muriano, Cunha, Viriato João Leal da, Almeida, Maria Cristina Simões de
FONTE
Revista Brasileira de Anestesiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A sedação consciente na prática ambulatorial, embora comum, não é isenta de riscos. Este trabalho teve por objetivo avaliar a pressão arterial, a frequência cardíaca e a saturação periférica de oxigênio em pacientes submetidos à sedação consciente para endoscopia digestiva alta, realizada por médicos endoscopistas. MÉTODOS: Foram selecionados 105 pacientes de ambos os sexos, com idade mínima de 18 anos, estado físico ASA I a III, submetidos a endoscopia digestiva alta sob sedação consciente. Os pacientes foram monitorados com medidas de pressão arterial não invasiva, oximetria de pulso e frequência cardíaca, registradas antes, durante e após o exame. A sedação foi administrada com os fármacos midazolam e/ou meperidina. RESULTADOS: As variações de saturação de oxigênio, pressão arterial e frequência cardíaca ao longo do tempo não foram estatisticamente significativas. Entretanto, observou-se incidência de hipóxia de 41,9%; em 53,3% dos casos, houve hipotensão arterial e taquicardia em 25,6%. Os pacientes obesos demonstraram-se mais suscetíveis à hipóxia e à hipotensão que aqueles não obesos. CONCLUSÕES: A ocorrência de hipóxia e hipotensão arterial é comum nos exames de endoscopia digestiva alta sob sedação consciente quando utilizados midazolam e meperidina associados. Pacientes obesos demonstraram-se mais suscetíveis à hipoxemia e à hipotensão arterial.
ASSUNTO(S)
complicaÇÕes complicaÇÕes exames diagnÓsticos endoscopia digestiva medicaÇÃo prÉ-anestÉsica medicaÇÃo prÉ-anestÉsica sedaÇÃo
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