Secagem, beneficiamento e armazenamento de sementes de pinhão manso (Jatropha curcas L.) / Drying, processing and storage of phisic nut seeds (Jatropha curcas L.)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

17/01/2011

RESUMO

Os objetivos do presente trabalho foram estudar os efeitos da secagem, do beneficiamento e do armazenamento na qualidade fisiológica de sementes de pinhão manso. Os experimentos foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa. Foram conduzidos três experimentos, utilizando-se sementes de pinhão manso provenientes da fazenda experimental de EPAMIG, localizada no município de Janaúba-MG. No Experimento I, as sementes, com teor de água de 32%, foram secadas à sombra, ao sol e em estufa de circulação forçada às temperaturas de 33 e 43 C, até o teor de água de 91%. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada pelos testes de germinação, primeira contagem de germinação, condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, emergência em areia e índice de velocidade de emergência. A temperatura de 43 C proporcionou secagem mais rápida das sementes, com duração de 42 horas. Nas secagens a 33 C, ao sol e a sombra, este período foi mais prolongado, com 54, 144 e 456 horas, respectivamente. A secagem à sombra proporcionou redução imediata na qualidade fisiológica das sementes. As sementes secadas ao sol ou à temperatura de 33 C não diferiram entre si quanto à qualidade fisiológica e foram superiores àquelas secadas à sombra; entretanto, a germinação foi inferior àquelas secadas a 43 C, a partir dos 180 dias de armazenamento. A secagem à temperatura de 43 C não afetou a germinação das sementes e reduziu ligeiramente o vigor, mesmo após 270 dias de armazenamento. A maior temperatura utilizada na secagem não afetou a germinação das sementes, sugerindo ter sido o tempo gasto na secagem o determinante para sua conservação. Concluiu-se que houve efeito imediato e latente da secagem à sombra na qualidade fisiológica de sementes de pinhão manso; as sementes de pinhão manso podem ser secadas à temperatura de 43 C, e o tempo gasto na secagem não deve ser superior a 42 horas. No experimento II, as sementes de pinhão manso inicialmente foram submetidas à separação em separador pneumático, sendo obtidas duas classes quanto a massa específica (sementes pesadas e leves). Para separação por tamanho, as sementes (pesadas e leves) foram classificadas em peneiras de crivos oblongos, em grandes, intermediárias, pequenas e ainda as não classificadas, constituindo oito tratamentos: sementes pesadas não classificadas em tamanho, sementes pesadas grandes, sementes pesadas intermediárias, sementes pesadas pequenas, sementes leves não classificadas em tamanho, sementes leves grandes, sementes leves intermediárias e sementes leves pequenas. Utilizou-se o esquema fatorial 2 x 4 (massa específica x tamanho), num delineamento inteiramente casualizado, com oito repetições. Após a obtenção dos tratamentos e aos doze meses de armazenamento, foram realizadas as seguintes avaliações: germinação, primeira contagem de germinação, condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, porcentagem de emergência e índice de velocidade de emergência. Houve efeito significativo da massa especifica na qualidade fisiológica de sementes de pinhão manso, com as sementes pesadas apresentando qualidade fisiológica superior as mais leves. Quanto ao tamanho, não houve efeito deste na qualidade fisiológica das sementes. Concluiu-se que a massa específica de sementes de pinhão manso influenciou na qualidade fisiológica, sendo que as sementes mais pesadas apresentam qualidade fisiológica superior às mais leves. O tamanho das sementes não influenciou a qualidade fisiológica. No experimento III, as sementes com teor de água de 8,3%, foram acondicionadas em embalagem de pano e plástico e armazenadas por 450 dias em condições de laboratório (sem controle de temperatura; sala refrigerada (18 a 20 C); câmara fria (10 a 12 C) e câmara fria (5 a 7 C). No início do armazenamento e a cada 90 dias, foram determinados o teor de água, a germinação e o vigor das sementes. Redução na qualidade fisiológica das sementes de pinhão manso ocorreu durante o armazenamento, independentemente das condições de temperatura e embalagem. As sementes podem ser armazenadas por 270 dias em ambiente não controlado, em Viçosa-MG, tanto em embalagem de plástico como de pano. Para o armazenamento por período maior que 270 dias, é recomendada a utilização de ambiente refrigerado, com temperatura ≤ 18-20 C, para armazenamento das sementes, independentemente da embalagem utilizada.

ASSUNTO(S)

germinação qualidade fisiológica sementes pinhão manso fitotecnia germination physiological quality seeds phisic nut

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