Seagrass and Submerged Aquatic Vegetation (VAS) Habitats off the Coast of Brazil: state of knowledge, conservation and main threats
AUTOR(ES)
Copertino, Margareth S., Creed, Joel C., Lanari, Marianna O., Magalhães, Karine, Barros, Kcrishna, Lana, Paulo C., Sordo, Laura, Horta, Paulo A.
FONTE
Braz. j. oceanogr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016
RESUMO
Resumo Pradarias de gramas marinhas e vegetação aquática submersa (VAS) estão entre os ecossistemas mais ameaçados do planeta, gerando preocupação sobre o equilíbrio dos ecossistemas costeiros e a sustentabilidade das pescarias. A presente revisão avaliou o estado do conhecimento sobre as pradarias marinhas e VAS do Brasil, considerando as respostas das plantas às condições ambientais, e o possível papel da geomorfologia costeira e variabilidade climática sobre a distribuição e abundância das populações. Apesar do crescente aumento no número de publicações, a comunicação dos resultados ainda é relativamente limitada e destina-se principalmente ao público nacional ou regional. Como resultado, as pradarias de gramas marinhas da América do Sul raramente são incluídas ou citadas em revisões e modelos globais. A escassez de estudos em larga escala e de longo prazo, permitindo a detecção de mudanças na estrutura, abundância e composição dos habitats e espécies associadas, limita a investigação das comunidades no que diz respeito aos efeitos potenciais das mudanças climáticas. Pradarias marinhas e VAS ocorrem ao longo de toda a costa brasileira, mas a distribuição e abundância das espécies são influenciadas pela oceanografia regional, massas de água costeiras, descarga de rios e geomorfologia costeira. Com base nas características oceanográficas, geomorfológicas, hidrológicas e ecológicas, o estudo discutiu a distribuição e abundância dos habitats vegetados pelas distintas regiões costeiras. O estado de conservação das pradarias marinhas e VAS no Brasil é extremamente crítico. A exploração insustentável e ocupação da zona costeira durante os últimos 100 anos conduziram à rápida degradação e perda de muitos dos habitats bentônicos marinhos e costeiros, outrora favoráveis para a ocupação da vegetação aquática. O conhecimento sobre os padrões e processos que regem a estrutura e o funcionamento destas populações e comunidades é fundamental para prever e compreender os efeitos das mudanças climáticas. A presente avaliação é um primeiro passo, necessário para uma abordagem mais integrada e inclusiva sobre a diversidade de formações vegetais costeiras ao longo do Atlântico Sudoeste, bem como um alerta regional a respeito dos efeitos previstos das mudanças climáticas das mudanças globais sobre os produtos e serviços ecossistêmicos prestados pelas pradarias marinhas.
ASSUNTO(S)
pradarias marinhas vas distribuição impactos antrópicos mudanças climáticas globais variabilidade climática
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