School environment and oral health promotion: the National Survey of School Health (PeNSE)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/10/2019

RESUMO

RESUMO OBJETIVO Avaliar o potencial de suporte do ambiente escolar para a promoção da saúde bucal e fatores associados nas capitais brasileiras. MÉTODOS Os dados de 1.339 escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras foram obtidos da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015. Os dados das capitais foram obtidos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e do Datasus. Foi elaborado o indicador “ambiente escolar promotor de saúde bucal” (AEPSB), a partir de 21 variáveis do ambiente escolar com possível influência na saúde bucal dos escolares empregando a análise de componentes principais para dados categóricos (CATPCA). Associações entre o AEPSB e características das escolas, das capitais e das regiões foram testadas (análises bivariadas). RESULTADOS Dez variáveis compuseram a CAPTCA, após exclusão daquelas com baixa correlação ou alta multicolinearidade. A análise resultou em modelo com três dimensões: D1. aspectos intraescolares (venda de alimentos com açúcar adicionado na cantina e ações de promoção de saúde), D2. aspectos do entorno escolar (venda de alimentos com açúcar adicionado em pontos alternativos) e D3. políticas proibitivas na escola (proibição do consumo de álcool e tabaco). A soma dos escores das dimensões gerou o indicador AEPSB, dicotomizado pela mediana. Do total de escolas estudadas, 51,2% (IC95% 48,5–53,8) apresentaram ambiente mais favorável à saúde bucal (maior AEPSB). Nas capitais, esse percentual variou de 36,6% (IC95% 23,4–52,2) no Rio Branco a 80,4% (IC95% 67,2–89,1) em Florianópolis. Entre as regiões brasileiras, variou de 45,5% (IC95% 40,0–51,2), no Norte a 67,6% (IC95% 59,4–74,9) no Sul. Percentuais maiores de escolas com maior AEPSB foram encontrados na rede pública [58,1% (IC95% 54,9–61,2)] e em capitais e regiões com maior índice de desenvolvimento humano [61,0% (IC95% 55,8–66,0) e 57,4% (IC95% 53,2–61,4), respectivamente] e menor índice de Gini [55,7% (IC95% 51,2–60,0) e 52,8 (IC95% 49,8–55,8), respectivamente]. CONCLUSÕES O potencial de suporte à promoção da saúde bucal de escolas das capitais brasileiras, avaliado pelo indicador AEPSB, foi associado a fatores contextuais das escolas, das capitais e das regiões brasileiras.ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the potential support of schools for oral health promotion and associated factors in Brazilian capitals. METHODS Data from 1,339 public and private schools of the 27 Brazilian capitals were obtained from the National Survey of School Health (PeNSE) 2015. Data from the capitals were obtained from the United Nations Development Program and the Department of Informatics of the Brazilian Unified Health System (Datasus). The indicator “ ambiente escolar promotor de saúde bucal ” (AEPSB – oral health promoting school environment) was designed from 21 variables of the school environment with possible influence on students’ oral health employing the categorical principal components analysis (CATPCA). Associations between the AEPSB and characteristics of schools, capitals and regions were tested (bivariate analysis). RESULTS Ten variables comprised CAPTCA, after excluding those with low correlation or high multicollinearity. The analysis resulted in a model with three dimensions: D1. Within-school aspects (sales of food with added sugar in the canteen and health promotion actions), D2. Aspects of the area around the school (sales of food with added sugar in alternative points) and D3. prohibitive policies at school (prohibition of alcohol and tobacco consumption). The sum of the scores of the dimensions generated the AEPSB indicator, dichotomized by the median. From the total of schools studied, 51.2% (95%CI 48.5–53.8) presented a more favorable environment for oral health (higher AEPSB). In the capitals, this percentage ranged from 36.6% (95%CI 23.4–52.2) in Rio Branco to 80.4% (95%CI 67.2–89.1) in Florianópolis. Among the Brazilian regions, it ranged from 45.5% (95%CI 40.0–51.2) in the North to 67.6% (95%CI 59.4–74.9) in the South. Higher percentages of schools with higher AEPSB were found in public schools [58.1% (95%CI 54.9–61.2)] and in capitals and regions with higher Human Development Index [61.0% (95%IC 55.8–66.0) and 57.4% (95%CI 53.2–61.4), respectively] and lower Gini index [55.7% (95%CI 51.2–60.0) and 52.8 (95%CI 49.8–55.8), respectively]. CONCLUSIONS The potential to support oral health promotion in schools in Brazilian capitals, assessed by the AEPSB indicator, was associated with contextual factors of schools, capitals and Brazilian regions.

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