Saúde sem filtro: os impactos dos filtros dos cigarros na saúde e no meio ambiente
AUTOR(ES)
Silva, André Luiz Oliveira da; Piras, Stefania Schimaneski; Bialous, Stella Aguinaga; Moreira, Josino Costa
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-06
RESUMO
Resumo As doenças relacionadas ao tabaco matam oito milhões de pessoas anualmente no mundo e, no Brasil, são responsáveis por milhares de casos de cânceres, doenças cardiovasculares e outras enfermidades. Os filtros nos cigarros são percebidos como uma tecnologia que reduziria os danos à saúde. O objetivo deste artigo é descrever a tecnologia dos filtros, seu histórico, seus impactos e discutir formas de regulação. Foi feita uma busca na literatura para avaliar os impactos desta tecnologia. Os resultados mostram que os filtros foram inicialmente desenvolvidos para fins estéticos, e posteriomente aprimorados e promovidos como uma tecnologia para redução de danos. O filtro de cigarro mais utilizado é o de acetato de celulose, combinado ou não com carvão ativado. Apesar das propagandas e da percepção dos fumantes, os filtros não trazem nenhum benefício à saúde, e sua associação com tecnologias como a perfuração nas ponteiras podem trazer mais riscos à saúde. Os filtros também podem tornar os cigarros mais atrativos e causam impactos ao meio ambiente. Por proporcionarem uma falsa percepção de riscos e nenhum benefício, os filtros deveriam ser uma tecnologia proibida.
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