Saúde nas margens: dilemas da territorialidade da Atenção Primária em Saúde no cuidado aos refugiados no município do Rio de Janeiro, Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-05

RESUMO

Resumo Este artigo apresenta e analisa as tensões, negociações e conjugações constituintes do processo de construção de um fluxo de atendimento para a população refugiada no município do Rio de Janeiro no âmbito da Atenção Primária em Saúde (APS). Entendemos que a construção de tal fluxo se desenha a partir da intersecção de mais de um regime normativo – o da saúde e o do refúgio, que definem uma organização e fluxos com frequência conflitantes. Dessa forma, partimos dos agenciamentos que fazem os operadores da saúde das normativas governamentais das quais dispõem para conjugar as noções de territorialidade que organizam tanto a APS quanto a dimensão do vivido entre os refugiados. Percebe-se ser a Atenção Primária um lugar privilegiado de visibilização e mapeamento dessa população a partir de estratégias focalizadas de ações de promoção de saúde e aliança com um líder comunitário, já que é um nível de atenção mais poroso à flexibilização do fluxo normal do Sistema Único de Saúde.

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