Saúde mental e recursos de enfrentamento em estudantes universitários brasileiros em tempos de pandemia

AUTOR(ES)
FONTE

Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Entre os jovens, os universitários compõem a classe considerada mais vulnerável a desenvolver problemas de saúde mental decorrentes da pandemia de COVID-19. Assim, uma forma de entender como a pandemia afeta os universitários é por meio do constructo senso de coerência (SOC), o qual possui importante papel moderador da saúde mental, visto que ele é capaz de prever a saúde. Este estudo teve como objetivo analisar a prevalência de sintomas depressivos e os recursos de enfrentamento (senso de coerência) em estudantes universitários durante o distanciamento social, decorrente da pandemia. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-exploratório e transversal. A amostra de 242 universitários caracterizou-se como não-probabilística, obtida com a aplicação da metodologia bola de neve virtual. Utilizaram-se os instrumentos: Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9), Questionário de Senso de Coerência (SOC-13) e questionário semiestruturado. Os participantes apresentaram escores sugestivos para a presença de sintomas depressivos (M=16; DP=7,56) e escores médios de senso de coerência (M=57; DP= 8,39). Houve associação significativa entre SOC-13 e PHQ-9, ou seja, foi observada uma associação forte inversa (R=-0,627) significativa (<0,0001), demonstrando que quanto maior o escore de sintomas depressivos, menor a pontuação de senso de coerência. Por fim, referente aos fatores sociodemográficos, houve associação significativa entre sexo (<0,0030), idade (<0,0001) e renda familiar (<0,0011) com sintomas depressivos e senso de coerência. Neste cenário, torna-se necessário o desenvolvimento de ações e intervenções nos campi universitários visando à promoção da saúde mental dos acadêmicos, auxiliando-os a lidar com o estresse e a depressão decorrentes da pandemia.

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