Saúde materno-infantil em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil: principais conclusões das comparações de coortes de nascimento de 1982, 1993 e 2004
AUTOR(ES)
Barros, Fernando C., Victora, Cesar G.
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Foram observadas mudanças importantes nas características maternas, de assistência à saúde e de saúde infantil ao longo dos 22 anos cobertos pelas três coortes de base populacional na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Melhorou o nível de escolaridade materna, houve uma redução no tabagismo durante a gravidez e aumentou o espaçamento entre filhos. Além disso, havia mais mães solteiras e aumentou a obesidade materna. Melhoraram a cobertura pré-natal e assistência ao parto por profissionais, mas houve um aumento marcante nos partos induzidos e nas cesarianas, que representaram 45% do total de partos em 2004. Com relação à saúde infantil, houve uma redução apenas modesta nas taxas de mortalidade neonatal e infantil, e o aumento significativo nos partos prematuros (14,7% de todos os nascimentos em 2004) parece haver contribuído para essa estagnação. Outros indicadores de saúde infantil, como cobertura de imunização e duração do aleitamento materno, melhoraram durante o período. Em relação à nutrição infantil, a desnutrição aos 12 meses de idade diminuiu, mas a prevalência de sobrepeso foi maior em 2004. A existência de três coortes de nascimento de base populacional utilizando metodologias comparáveis permitiu o estudo de importantes tendências seculares na saúde materno-infantil.
ASSUNTO(S)
mortalidade infantil mortalidade perinatal aleitamento materno nutrição estudos de coortes
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