Saúde materno-infantil em comunidades quilombolas no norte de Minas Gerais

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. saúde colet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

Objetivou-se descrever indicadores de saúde materno-infantil em comunidades quilombolas ao norte de Minas Gerais. Trata-se de estudo transversal, de base populacional. Os dados foram coletados nos domiílios, alocados aleatoriamente, incluindo 411 mulheres com idade entre 18 e 49 anos e 234 crianças com idade igual ou inferior a cinco anos. A maioria das famílias (73,7%) referiu uma renda mensal inferior a um salário mínimo, e quase metade das mulheres entrevistadas (49,2%) tinha escolaridade inferior a quatro anos. O acesso à água tratada, esgotamento sanitário e coleta de lixo era limitado. A maioria das mulheres (52,1%) relatou a primeira gestação na adolescência e 35% relataram quatro ou mais gestações. A realização de exames preventivos para o câncer de colo uterino se mostrou irregular e 15,1% das mulheres nunca haviam feito o exame. Em relação ao ciclo gravídico-puerperal, 23,5% das mulheres referiram menos de seis consultas de pré-natal, 37,2% relataram início do pré-natal após o primeiro trimestre de gestação e 44,4% não fizeram consulta puerperal. Em relação às crianças, 15% nasceram com baixo peso, 9,4% tinham problemas crônicos de saúde e 40,6% não faziam uso regular de vitamina A. Os resultados destacam condições críticas de acesso aos cuidados de saúde.

ASSUNTO(S)

saúde materno-infantil comunidades vulneráveis grupo com ancestrais do continente africano desigualda-des em saúde

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