Saúde: desigualdades, vulnerabilidade e políticas públicas
AUTOR(ES)
Hennington, Élida Azevedo; Martins, Mônica; Monteiro, Simone
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-05
RESUMO
Resumo O objetivo deste estudo foi avaliar os aspectos comportamentais e as crenças da população cearense frente à pandemia de COVID-19. Foi realizado um questionário “on line” sobre aspectos sociodemográficos e crenças relacionados à pandemia. Foram calculadas frequências absoluta e relativa, a associação entre variáveis foi realizada com Qui-quadrado e o nível de significância foi de 5%. A amostra final contou com 2.259 participantes e foi observada associação entre o gênero feminino e se perceber com um alto risco de contaminação (p = 0,044) e o gênero masculino com a não realização voluntária da quarentena (p < 0,001). Pessoas com 80 anos ou mais realizaram quarentena parcialmente devido ao fluxo de pessoas em casa (p < 0,001). Os participantes com o ensino fundamental se perceberam com um risco menor de contaminação que aqueles com grau de escolaridade mais elevado (p < 0,001). Neste grupo estão as pessoas que menos fizeram quarentena voluntária (p < 0,001). Os participantes que moram no interior do estado, tiveram menos contato direto com alguém testado positivamente para o coronavírus (p = 0,031) e estão menos reclusos (p < 0,001). É possível concluir que a abordagem frente à pandemia de COVID-19 varia de acordo com aspectos sociais, como gênero, idade, escolaridade e local de residência, assim como o sistema de crenças da população do estado do Ceará.
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