Saúde, democracia e organização do trabalho no contexto do Programa de Saúde da Família: desafios estratégicos
AUTOR(ES)
Junqueirai, Túlio da Silva, Cotta, Rosângela Minardi Mitre, Gomes, Ricardo Corrêa, Silveira, Suely de Fátima Ramos, Siqueira-Batista, Rodrigo, Pinheiro, Tarcísio M. Magalhães, Melo, Elza Machado de
FONTE
Revista Brasileira de Educação Médica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-03
RESUMO
A democracia deve promover a satisfação de interesses diversos (o bem comum), o que é imprescindível à construção dos consensos, quando possível, entre os distintos atores. A partir de meados da década de 1970, o Brasil passa por importantes transformações político-democráticas, configurando-se em anos de mudanças nos paradigmas da saúde. Com a Constituição de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), os gestores, trabalhadores e usuários do sistema se deparam com uma nova forma de pensar, estruturar, desenvolver e produzir serviços e assistência em saúde - modelo de produção social em saúde. Entretanto, para promover o desenvolvimento da real ruptura com o modelo sanitário anterior - flexneriano -, as relações trabalhistas devem superar a precarização do trabalho por meio de medidas como investimentos consistentes nas áreas da gestão de recursos humanos, com a criação de meios de discussão para uma gestão democrática. O presente artigo tem como proposta repensar as relações entre a democracia e a saúde, a partir da análise reflexiva das práticas de gestão do trabalho no Programa de Saúde da Família (PSF), no contexto das reformas políticas. Entende-se que a efetiva consolidação do PSF como reorganizador da Atenção Básica, possibilitará configurar novos arranjos institucionais, capazes de repercutir na cultura sociopolítica do País, e contribuirá para a construção de políticas mais eficazes, justas e solidárias propostas pelo SUS.
ASSUNTO(S)
democracia recursos humanos em saúde sistemas de saúde sistema Único de saúde programa saúde da família
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