Sampling effort and fish species richness in small terra firme forest streams of central Amazonia, Brazil
AUTOR(ES)
Anjos, Maeda Batista dos, Zuanon, Jansen
FONTE
Neotropical Ichthyology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-03
RESUMO
Pequenos igarapés são componentes importantes da paisagem das florestas de terra firme da Amazônia Central e abrigam um grande número de espécies de peixes. Contudo, a falta de um protocolo de amostragem comum em estudos desta ictiofauna dificulta a comparação dos resultados obtidos. Este estudo avalia como o comprimento dos trechos amostrados afeta as estimativas de densidade local de espécies de peixes em riachos de 1ª, 2ª e 3ª ordens e propõe um comprimento mínimo médio de amostragem que melhor estima o número absoluto de espécies em um dado segmento de riacho. Nós amostramos três sistemas de riachos nas áreas de estudo do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, entre maio e agosto de 2004. Em cada riacho, foi amostrado um segmento de 1ªordem, um de 2ª ordem e um de 3ªordem. Amostramos cinco trechos de 20-m em cada segmento de riacho. Três a quatro pessoas coletaram ao longo de cada trecho durante 45 a 60 min. Usamos o coeficiente de Jaccard para estimar a similaridade da composição de espécies entre trechos e entre segmentos de riachos. Estimativas de riqueza de espécies foram obtidas com uso dos algoritmos de Jackknife 1 e Bootstrap e de curvas de acumulação de espécies. Usamos regressões lineares simples para verificar relações entre a densidade de espécies e a abundância de peixes e entre densidade de espécies e o volume de segmentos de 100-m de riacho. A densidade de espécies foi um pouco maior nos trechos de riacho de 1ª ordem do que nos de 2ª e 3ª ordens, contudo a abundância de peixes foi aparentemente maior nos trechos de 3ª ordem. A similaridade na composição de espécies de peixes entre trechos de 20-m foi baixa para todos os riachos estudados. Valores de densidade de espécies para segmentos de 100-m representaram de 71,4% a 94,1% dos valores estimados para esses riachos. A densidade de espécies mostrou uma relação direta tanto com o volume do segmento de riacho amostrado, como com a abundância de peixes. Parece plausível que riachos maiores contenham um número maior de tipos de microhábitats, que permitiriam a presença de mais espécies de peixes por trecho de riacho. Baseado nos valores das assíntotas e nas equações das curvas de acumulação de espécies, o comprimento mínimo médio de amostragem que melhor estima o número absoluto de espécies em um segmento de riacho é 180m ± 20 dp para segmentos de 1ª ordem; 213 m ± 23 dp para os segmentos de 2ª ordem e 253 m ± 30 dp para os segmentos de 3ª ordem.
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