Saberes populares e cientificismo na estratégia saúde da família: complementares ou excludentes?
AUTOR(ES)
Junges, José Roque, Barbiani, Rosangela, Ávila Soares, Natália de, Fernandes, Raquel Brondísia Panizzi, Lima, Marília Schreck de
FONTE
Ciência & Saúde Coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-11
RESUMO
A Estratégia Saúde da Família foi criada para superar o modelo tradicional de assistência em saúde. Ela pressupõe a integração das dimensões subjetivas e sociais dos usuários, ultrapassando a redução do processo saúde/doença a puros limites técnico-científicos. O artigo tem por objetivo compreender como os profissionais da saúde lidam com os conhecimentos populares dos usuários da estratégia. A metodologia caracteriza-se como exploratória com abordagem qualitativa, a técnica para a coleta de dados foi grupo focal, e para interpretação dos resultados, a análise de conteúdo. Participam da amostra integrantes das sete equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Campo Bom RS, escolhidos segundo critérios de competência, somando doze membros. Os resultados mostraram divergências entre os profissionais sobre como acolher ou não saberes populares. Muitos não consideram a subjetividade e as representações sociais da cultura popular no processo saúde/doença. Outros toleram estes saberes como mecanismo para que o usuário aceite a terapia proposta. Apenas uma minoria valoriza esses conhecimentos, como complementares ao universo científico, na construção da integralidade.
ASSUNTO(S)
saúde da família profissionais cultura saúde conhecimento
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