SABER SER, SABER FAZER: TERAPIA COMUNITÃRIA, UMA EXPERIÃNCIA DE APRENDIZAGEM E CONSTRUÃÃO DA AUTONOMIA / Saber Ser, Saber Fazer: terapia comunitÃria, uma experiÃncia de aprendizagem e construÃÃo da autonomia.
AUTOR(ES)
Francinete Alves de Oliveira Giffoni
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
O presente estudo investiga a terapia comunitÃria, modalidade terapÃutica que faz parte de um Projeto de ExtensÃo do Departamento de SaÃde ComunitÃria da UFC em parceria com uma ONG, o Movimento Integrado de SaÃde Mental ComunitÃria (MISMEC). Partindo da relaÃÃo entre o surgimento da terapia comunitÃria e a histÃria dos movimentos sociais em saÃde no Brasil, busco identificar atà que ponto ela vem se constituindo como um espaÃo no qual o diÃlogo e a palavra sÃo valorizados como instrumento de transformaÃÃo social. Procuro desvendar se a participaÃÃo no ritual da terapia comunitÃria contribui para a ampliaÃÃo da percepÃÃo do processo saÃde-doenÃa, aprendizagem da autonomia e desenvolvimento da dimensÃo polÃtica do homem. A pesquisa de campo foi realizada atravÃs da abordagem etnogrÃfica com os procedimentos da observaÃÃo participante, entrevistas semi-estruturadas e histÃrias de vida. Foram escolhidos como sujeitos 20 participantes da terapia, de ambos os sexos, com idades que variam entre 27 e 65 anos, procedentes, em sua maioria do bairro do Pirambu, com nÃvel de escolaridade predominante entre o ensino fundamental e mÃdio. Os resultados indicam que a terapia comunitÃria tendo como foco o sofrimento e nÃo a patologia, possibilita consensos e dissensos entre a medicina oficial e as prÃticas populares de cura, promovendo a ressignificaÃÃo da dor e da doenÃa e a reafirmaÃÃo da capacidade de autogestÃo de itinerÃrios terapÃuticos. Desta forma favorece o empoderamento pessoal e coletivo, apontando alternativas para o enfrentamento do estresse psicossocial. A partir desses resultados pode-se concluir que a terapia comunitÃria à uma instituiÃÃo ampla cujo grau de complexidade relaciona-se à multiplicidade de seus objetivos e relaÃÃes. Caracterizando-se como experiÃncia de construÃÃo de saberes coletivos, ela promove a interaÃÃo entre diversas prÃticas complementares de cura e a formaÃÃo de uma extensa rede com outras instituiÃÃes sociais como AlcoÃlicos AnÃnimos, ONGs, participantes de diversas igrejas, universidades e lideranÃas comunitÃrias. CompÃe assim uma teia sistÃmica de apoio social voltada para o auto-cuidado e valorizaÃÃo da vida.
ASSUNTO(S)
thÃrapie communautaire, Ãducation populaire, mouvements sociaux dans le secteur de la santÃ. movimentos sociais â pirambu(fortaleza,ce) movimento integrado de saÃde mental comunitÃria do cearà ciencias sociais aplicadas serviÃos de saÃde mental comunitÃria â pirambu(fortaleza,ce) interaÃÃo social â pirambu(fortaleza,ce) terapia comunitÃria, educaÃÃo popular, movimentos sociais em saÃde. educaÃÃo popular â pirambu(fortaleza,ce) projeto quatro varas
ACESSO AO ARTIGO
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2541Documentos Relacionados
- ExperiÃncia de construÃÃo do consÃrcio intermunicipal de saÃde da zona da mata de Pernambuco: a concepÃÃo do gestor
- A construÃÃo da experiÃncia espiritual e sua problematizaÃÃo como lugar de superaÃÃo dos limites do paradigma biomÃdico: uma contribuiÃÃo para a reflexÃo sobre espiritualidade na educaÃÃo mÃdica.
- Uma canÃÃo inacabada: formaÃÃo de professores de histÃria - a experiÃncia da FEPAM (1970 - 2001)
- IntervenÃÃo rural e autonomia: a experiÃncia da ArticulaÃÃo no Semi-Ãrido/ASA em Pernambuco
- FormaÃÃo profissional, ensino superior e a construÃÃo da profissÃo do engenheiro pelos movimentos estudantis de engenharia: a experiÃncia a partir da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (1958-1975)