Ruídos na unidade de terapia intensiva: quantificação e percepção dos profissionais de saúde

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

OBJETIVO: Em uma unidade de terapia intensiva, a circulação de pessoas da equipe multidisciplinar e o número considerável de equipamentos e alarmes sonoros deixam o ambiente ruidoso. O objetivo desta pesquisa foi mensurar os níveis de ruídos de uma unidade de terapia intensiva da cidade de Recife e avaliar sua percepção pelos profissionais da unidade. MÉTODOS: Durante uma semana, 24 horas por dia, foi utilizado um decibelímetro para realizar mensurações a cada cinco segundos. Após as aferições, foi aplicado um questionário aos profissionais sobre sua percepção e incômodo causados pelo ruído, e se eles achavam possível reduzir o barulho. RESULTADOS: A média de ruído verificada foi de 58,21 ± 5,93 dB. O período diurno apresentou maiores níveis de ruídos que o noturno (60,86 ± 4,90 vs 55,60 ± 5,98 dB; p < 0,001), assim como os dias úteis quando comparados ao final de semana (58,77 ± 6,05 vs 56,83 ± 5,90 dB; p < 0,001) e a passagem de plantão noturna quando comparada a diurna (62,31 ± 4,70 vs 61,35 ± 5,08 dB; p < 0,001). Dos 73 profissionais que responderam o questionário, 97,3% acham que a unidade de terapia intensiva tem ruído de moderado a intenso, 50,7% se sentem prejudicados pelo barulho e 98,6% acham que é possível reduzir o nível de ruídos. CONCLUSÃO: Os níveis de ruídos encontrados estavam acima dos recomendados. Programas preventivos e educativos conscientizando da importância da redução do nível de ruído devem ser estimulados, envolvendo todos os profissionais que compõem a equipe da unidade de terapia intensiva.

ASSUNTO(S)

unidades de terapia intensiva ruídos controle de ruído humanização da assistência hospitalar monitorização avaliação de resultados (cuidados de saúde)

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