Rodízio de firmas de auditoria: a experiência brasileira e as conclusões do mercado

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Contabilidade & Finanças

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

O rodízio de firmas de auditoria foi introduzido no Brasil por ocasião dos escândalos corporativos de instituições financeiras na emissão das demonstrações contábeis e adotado pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários às empresas registradas na Bolsa de Valores do Brasil. Tendo como objetivo a preservação da independência do auditor e a diminuição dos erros contábeis e fraudes relacionados ao processo de auditoria das demonstrações contábeis, o rodízio de firmas é um assunto polêmico, pois afeta a relação comercial e profissional dos auditores com seus clientes bem como toda a estrutura de mercado das firmas de auditoria. O artigo foi desenvolvido com base na evolução histórica do conceito de rodízio de firmas de auditoria, na avaliação das pesquisas realizadas sobre o assunto em outros países e nas estruturas filosóficas que determinam os princípios éticos que são atrelados à Contabilidade e à Auditoria. Além disso, foi realizada uma pesquisa de campo sobre os aspectos inerentes do rodízio de firmas de auditoria. Essa pesquisa coletou a opinião de 127 profissionais do mercado financeiro, sendo 84 executivos de empresas que trabalham ou influenciam na elaboração das demonstrações contábeis e 43 auditores independentes que atuam diretamente no processo de auditagem das contas contábeis. A principal conclusão obtida foi a confirmação de que o rodízio de firmas de auditoria não tem capacidade de assegurar a independência do auditor no seu trabalho e não diminui os riscos de erros contábeis e de fraudes na elaboração das demonstrações contábeis.

ASSUNTO(S)

rodízio de firmas de auditoria independência do auditor erros contábeis e fraudes elaboração das demonstrações contábeis

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