Risk of morbidity in the first year of life in children of teenage mothers from low income / Risco de morbidade no primeiro ano de vida em filhos de mÃes adolescentes de baixa renda

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/09/2002

RESUMO

IntroduÃÃo: A literatura à ampla no conhecimento das repercussÃes imediatas da maternidade na adolescÃncia, tanto para as mulheres como para os filhos. Entretanto, ainda nÃo estÃo muito claros, os efeitos, em mÃdio e longo prazo, sobre as crianÃas, de uma maternidade, entre mÃes adolescentes de baixa renda. O primeiro ano de vida, perÃodo mais vulnerÃvel aos agravos de qualquer natureza, parece ser a fase mais crÃtica para os efeitos desta condiÃÃo. Objetivos: Verificar que fatores ou condiÃÃes poderiam determinar maior risco de morbidade em crianÃas com menos de um ano, de mÃes adolescentes. Metodologia: Estudo transversal, desenvolvido entre marÃo de 2001 e marÃo de 2002, no NÃcleo de AtenÃÃo Medica Integrada, UNIFOR e no Hospital Infantil Albert Sabin. As variÃveis do estudo contemplam as mÃes e as crianÃas abordando aspectos comportamentais, sociais, econÃmicos, demogrÃficos e biolÃgicos. Resultados: Foram estudadas 296 mÃes com idades entre 14 e 19 anos e seus filhos menores de 12 meses, matriculados nos referidos serviÃos. A mÃdia de escolaridade das mÃes foi de 6,5 anos e 8,1% exerciam atividade trabalhista remunerada. NÃo houve associaÃÃo significativa entre doenÃa nas crianÃas e escolaridade da mÃe (p>0,05). A renda familiar foi de 01SM, em 75,5% dos casos. Um nÃmero significativo de mÃes (65,2%) preferia ter esperado mais tempo para engravidar e 19,5% tentaram o aborto. NÃo houve associaÃÃo significativa entre doenÃa nas crianÃas e essas variÃveis estudadas. Das mÃes com atà 16 anos, 17,7% tiveram filhos com PN igual ou menor que 2500g e das maiores de 16, 13,0% tambÃm os tiveram (p>0,05). Analisadas isoladamente, mÃes mais jovens geraram filhos com peso menor que mÃes mais velhas, apesar de nÃo ser baixo peso (p<0,05). Quase 60,0% das mÃes, cuidam sozinhas das crianÃas. As mais velhas (>16 anos) cuidam mais que as mais jovens (14-16 anos) (p<0,05) e as solteiras cuidam menos que as casadas 9 (p<0,05). As que recebem ajuda financeira cuidam mais sozinhas do que as que nÃo a recebem (p<0,05). NÃo houve associaÃÃo entre doenÃa e cuidados infantis (p>0,05). A idade mÃdia das crianÃas foi de 3,5 meses e 99,2% tinham CartÃo da CrianÃa. Foi considerada boa a cobertura vacinal. A duraÃÃo mÃdia do aleitamento exclusivo foi de 117 dias e 180 dias para alimentaÃÃo mista. VÃ-se associaÃÃo estatisticamente significativa entre nÃo mamar e adoecer (p<0,05). As doenÃas mais freqÃentes foram as IRAs (44,8%), as afecÃÃes cutÃneas (21,1%) e as diarrÃias (18,2%). O desejo ou nÃo da mÃe engravidar nÃo influenciou na morbidade das crianÃas (p>0,05). O tempo gestacional, vitalidade e peso, ao nascer, nÃo mostraram associaÃÃo com doenÃa nas crianÃas. ConclusÃo: O fator determinante para doenÃa nas crianÃas foi o menor tempo de amamentaÃÃo. RecomendaÃÃo: Os resultados do estudo mostram que mÃes adolescentes devem receber orientaÃÃes sobre o manejo de doenÃas da infÃncia, crescimento e desenvolvimento normal das crianÃas, alÃm de se intensificar a proposta de orientaÃÃo continuada para prevenir a gestaÃÃo.

ASSUNTO(S)

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