Riscos esperados e leitos hospitalares nas cidades-sede da Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2017

RESUMO

O planejamento de megaeventos envolve a preparação do sistema de saúde, com base na compreensão dos perigos naturais e tecnológicos, através da avaliação antecipada dos riscos. Os autores apresentam os riscos esperados relatados pelos gestores da saúde das cidades-sede durante a Copa do Mundo FIFA de 2014 no Brasil e discutem os riscos com base na disponibilidade mínima de leitos hospitalares públicos nas 12 cidades na época do evento. Quatro grupos foram entrevistados: gestores de serviços farmacêuticos e gestores gerais da saúde, ambos nos níveis municipal e hospitalar. Foi calculada a taxa de ocupação dos leitos hospitalares com base em dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O excedente de leitos foi calculado, utilizando parâmetros da literatura sobre picos de demanda (surges) e acidentes com múltiplas vítimas e o número de leitos desocupados. Em todos os grupos, as causas externas ocuparam o primeiro lugar, seguido pelas doenças emergentes e endêmicas. Todas as 12 cidades já apresentavam taxas de ocupação altas (IC95%: 0,93-2,19). O déficit total de leitos, considerando todas as cidades, variava de -47.670 (para picos de demanda) até -60.569 leitos (para acidentes com múltiplas vítimas). O estudo pode subsidiar as discussões sobre o preparo para megaeventos.

ASSUNTO(S)

ocupação de leitos número de leitos em hospital planos de emergência

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