Risco de hemólise após transfusão de concentrado de hemácias com bombas de infusão

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/10/2018

RESUMO

RESUMO Objetivo: avaliar os biomarcadores de hemólise de concentrado de hemácias transfundidos por duas bombas de infusão peristáltica linear distintas, em duas taxas de infusão. Método: estudo experimental randomizado desenhado para simular a prática clínica da transfusão. Duas bombas de infusão peristáltica linear de diferentes fabricantes foram estudadas em triplicata a 100 ml/h e 300 mL/h de infusão. Os biomarcadores de hemólise escolhidos foram hemoglobina total, hemoglobina livre, hematócrito, potássio e grau de hemólise. Eles foram analisados antes e após cada infusão. Resultados: o potássio apresentou variações estatisticamente significativas em todos os cenários do experimento (P < 0,010). Em análise separada, o potássio aumentou principalmente na taxa de 300 mL/h (P = 0,021) e a hemoglobina livre teve uma variação significativa no experimento comparando bombas de infusão de diferentes fabricantes (P = 0,026). Embora o hematócrito, a hemoglobina total e o grau de hemólise tenham aumentado após a infusão, não foram identificadas variações estatisticamente significativas. Conclusões: o risco de hemólise induzido por bombas de infusão peristáltica linear foi identificado com base em um aumento nos marcadores de hemoglobina livre e potássio. Como o biomarcador potássio é frequentemente aumentado em concentrados de hemácias envelhecidos, não se recomenda usá-los nesse cenário e estudos adicionais podem ser realizados. Vale a pena realizar estudos sobre outros marcadores e utilizar amostras maiores para fundamentar a prática de enfermagem transfusional.

ASSUNTO(S)

bombas de infusão eritrócitos hemólise enfermagem baseada em evidência transfusão de sangue segurança do paciente

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