Risco de amputação após procedimento de revascularização nas ressecções de sarcoma
AUTOR(ES)
Teixeira, Luiz Eduardo Moreira, Leão, Thiago Marques, Regazzi, Daniel Barbosa, Soares, Cláudio Beling Gonçalves
FONTE
Rev. bras. ortop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-12
RESUMO
RESUMO OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a eficácia da cirurgia de reconstrução vascular após ressecção de tumores ósseos e tecidos moles em extremidades e o risco de evolução para amputação. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional, de coleta de dados em prontuário médico de pacientes submetidos a ressecção de tumores ósseos e de tecidos moles de 2002 a 2015; 13 pacientes preencheram o critério de inclusão, foram avaliadas as correlações de determinados fatores (gênero, tipo de tumor, localização, reconstrução, revascularização e patência, infecção) com amputação no pós-operatório. RESULTADOS: No presente estudo, dos 13 pacientes submetidos à reconstrução, cinco (38,46%) evoluíram com amputação. Todos os pacientes que evoluíram com amputação tinham em comum o fato de ser portadores de sarcoma ósseo (p = 0,005), ter sido submetidos a reconstrução com prótese ortopédica (p = 0,005) e não apresentar patência vascular no local da revascularização no período pós-operatório (p = 0,032), além de apresentar infecção no local da cirurgia (p = 0,001). Nenhum dos pacientes portadores de sarcoma de partes moles foi submetido à amputação e o único paciente do grupo com sarcoma ósseo que não sofreu amputação não apresentava infecção e mantinha patência vascular no enxerto. CONCLUSÃO: A ocorrência de infecção parece ser um dos principais fatores de risco para a falência da revascularização, especialmente nos casos de sarcoma ósseo em que a reconstrução vascular é feita juntamente com colocação de próteses articulares não convencionais.
ASSUNTO(S)
sarcoma de tecidos moles osteossarcoma salvamento de membro amputação procedimentos cirúrgicos reconstrutivos
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