Risco de adoecimento por exposição às águas do Rio Doce: um estudo sobre a percepção da população de Tumiritinga, Minas Gerais, Brasil
AUTOR(ES)
Guedes, Gilvan Ramalho, Simão, Andréa Branco, Dias, Carlos Alberto, Braga, Eliza de Oliveira
FONTE
Cad. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-06
RESUMO
A forte relação das pessoas com o Rio Doce, bem como suas enchentes regulares, representam fator contínuo de exposição ao risco de doenças hídricas. Dada sua relevância epidemiológica, este estudo analisa a associação entre percepção de contaminação e uso do rio, bem como os mecanismos heurísticos empregados na formação da percepção de risco. Utilizou-se um modelo probit ordenado com variável instrumental e análise de redes temáticas aplicados a uma base de dados primária de 352 domicílios, representativa dos moradores de Tumiritinga, Minas Gerais, Brasil, para o ano de 2012. Os resultados indicam que embora a maioria (92,6%) dos moradores de Tumiritinga perceba o risco de contrair algum tipo de doença quando nada no Rio Doce, somente 11,4% informam não entrar na água. A análise de conteúdo sugere que esse paradoxo advém da falta de compreensão populacional sobre os mecanismos de transmissão de doenças hídricas, criando viés otimista sobre as chances de contaminação. Campanhas para promoção de comportamento preventivo devem, portanto, enfatizar as formas de contrair doenças hídricas na região.
ASSUNTO(S)
riscos ambientais poluição da Água doenças transmitidas pela Água
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