Risco cardiovascular e doença carotídea: avaliação de resultados de doppler e biomarcadores

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-02

RESUMO

INTRODUÇÃO: Complicações da aterosclerose agregam as principais causas de morte no mundo por problemas cardiovasculares relativos a distúrbio da condição mecânica e fisiológica que promove espessamento e endurecimento nas artérias. OBJETIVO: Avaliar as concentrações plasmáticas de biomarcadores do metabolismo lipídico e os resultados de doppler de carótidas, relacionando-os com a doença aterogênica de carótidas. MÉTODOS: Foram acompanhados 66 pacientes, com a média de idade entre 57,5 ± 15,5 anos, (20 a 77), sendo 63% mulheres. Utilizaram-se biomarcadores séricos e imagens (doppler) para avaliar a associação com a doença aterogênica carotídea (DCA). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DCA foi mais prevalente no gênero feminino (33% vs. 15%) entre as idades de 56-65 anos, risco relativo (RR) 1,56 nas mulheres (p < 0,002; Fisher, Katz). Em relação ao colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e à classificação da estenose de carótidas, North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET), observamos que 76% dos indivíduos apresentavam HDL-C na faixa protetora, sendo 31 grau I (normal); 81% possuíam lipoproteína de alta densidade (HDL) sérica > 40 mg/dl em comparação com 19% que tinham concentração de HDL-C ≥ 40 mg/dl. A prevalência de HDL-C > 40 mg/dl nos graus II, III e IV foi significativa. Não houve diferença de HDL-C entre os grupos (p = 0,4910, teste t não pareado). Não foi observada diferença entre as atividades de paraoxonase (PON1) quando estratificada para HDL-C > e < que 40 mg/dl (p > 0,05). CONCLUSÃO: O gênero feminino teve maior prevalência de DCA entre 56-65 anos, RR 1,56 vezes maior. Esse achado revela a importância de atenção nesse gênero e nessa faixa etária, uma vez que a ausência de proteção hormonal agrava o risco de DCA, podendo influenciar na atividade antioxidante da HDL por atuar diretamente na PON1. A razão triglirecídeos (TG)/HDL-C aponta para risco cardiovascular e deficiências no transporte reverso do colesterol.

ASSUNTO(S)

aterosclerose ecocardiografia vascular paraoxonase lipoproteínas

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