Risco cardiovascular e doença carotídea: avaliação de resultados de doppler e biomarcadores
AUTOR(ES)
Oliveira, Rogério Jorge Barbosa de, Santos, Ana Paula Caires dos, Santos Junior, Lázaro Silveira, Vieira, Marcos Soares, Aras Junior, Roque, Couto, Fábio David, Couto, Ricardo David
FONTE
J. Bras. Patol. Med. Lab.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-02
RESUMO
INTRODUÇÃO: Complicações da aterosclerose agregam as principais causas de morte no mundo por problemas cardiovasculares relativos a distúrbio da condição mecânica e fisiológica que promove espessamento e endurecimento nas artérias. OBJETIVO: Avaliar as concentrações plasmáticas de biomarcadores do metabolismo lipídico e os resultados de doppler de carótidas, relacionando-os com a doença aterogênica de carótidas. MÉTODOS: Foram acompanhados 66 pacientes, com a média de idade entre 57,5 ± 15,5 anos, (20 a 77), sendo 63% mulheres. Utilizaram-se biomarcadores séricos e imagens (doppler) para avaliar a associação com a doença aterogênica carotídea (DCA). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A DCA foi mais prevalente no gênero feminino (33% vs. 15%) entre as idades de 56-65 anos, risco relativo (RR) 1,56 nas mulheres (p < 0,002; Fisher, Katz). Em relação ao colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-C) e à classificação da estenose de carótidas, North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET), observamos que 76% dos indivíduos apresentavam HDL-C na faixa protetora, sendo 31 grau I (normal); 81% possuíam lipoproteína de alta densidade (HDL) sérica > 40 mg/dl em comparação com 19% que tinham concentração de HDL-C ≥ 40 mg/dl. A prevalência de HDL-C > 40 mg/dl nos graus II, III e IV foi significativa. Não houve diferença de HDL-C entre os grupos (p = 0,4910, teste t não pareado). Não foi observada diferença entre as atividades de paraoxonase (PON1) quando estratificada para HDL-C > e < que 40 mg/dl (p > 0,05). CONCLUSÃO: O gênero feminino teve maior prevalência de DCA entre 56-65 anos, RR 1,56 vezes maior. Esse achado revela a importância de atenção nesse gênero e nessa faixa etária, uma vez que a ausência de proteção hormonal agrava o risco de DCA, podendo influenciar na atividade antioxidante da HDL por atuar diretamente na PON1. A razão triglirecídeos (TG)/HDL-C aponta para risco cardiovascular e deficiências no transporte reverso do colesterol.
ASSUNTO(S)
aterosclerose ecocardiografia vascular paraoxonase lipoproteínas
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