Riqueza ictiofaunística e aspectos hidrogeomorfológicos de rios e riachos das regiões de cabeceira e de planície de inundação da Bacia Tocantins-Araguaia, Brasil Central

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/03/2012

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo caracterizar as variáveis hidrogeomorfológicas que estruturam a ictiofauna e verificar se existe diferença quanto à riqueza de espécies e a riqueza de espécies das famílias e grupos tróficos entre os rios e riachos amostrados e entre as cabeceiras das bacias Tocantins e Araguaia e a cabeceira e a planícei da bacia do Araguaia. As amostragens foram realizadas em 30 cursos dágua, dos quais 12 pertencem à bacia do Tocantins e 18 à bacia do Araguaia. Para as análises da ictiofauna foram consideradas a riqueza de espécies e a abundância de indivíduos das famílias e dos grupos tróficos. As variáveis consideradas foram pH, condutividade, oxigênio dissolvido, velocidade da água, largura, profundidade, luminosidade e turbidez. Os resultados mostraram que a localização dos cursos dágua na planície de inundação da bacia do rio Araguaia ou nas regiões de cabeceira independente da bacia foi o principal fator que definiu tanto o número de espécies quanto a similaridade da ictiofauna. Os cursos dágua inseridos na planície de inundação da bacia do Araguaia que são favorecidos pela heterogeneidade do habitat apresentaram maior número de espécies. Ao contrário, os cursos dágua de cabeceira, rasos, estreitos e com presença de rochas, que são caracterizados pela redução de habitat apresentaram baixo valores de riqueza da ictiofauna, a qual foi associada às variáveis pH e condutividade. Por outro lado, quanto à riqueza de espécies das famílias e dos grupos tróficos não existe diferença significativa entre as cabeceiras das bacias Tocantins e Araguaia, entretanto entre os diferentes ambientes, cabeceira e planície, da bacia do rio Araguaia, essa diferença foi significativa. Entre as regiões das cabeceiras das bacias Tocantins e Araguaia, tanto as famílias quanto os grupos tróficos são mais ricos em espécies nos pontos de cabeceira da bacia do Tocantins, pois, apesar de apresentarem características semelhantes, a maioria dos pontos amostrados na cabeceira do Tocantins apresentou ser mais conservada com relação à presença da vegetação ripária. Por outro lado, a riqueza de espécies das famílias e dos grupos tróficos nos diferentes ambientes amostrados na bacia do Araguaia, planície e cabeceira, mostrou que a região da planície é mais rica em espécies, a qual apresenta importante característica, a heterogeneidade do habitat, que oferece grande diversidade de abrigos e recursos alimentares.

ASSUNTO(S)

ictiologia riqueza região neotropical variáveis limnológicas bacia tocantins-araguaia ecologia species richness neotropical fishes ph and conductivity tocantins- araguaia basin

Documentos Relacionados