Riqueza de macroinvertebrados aquáticos em riachos ao longo de um gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Biota Neotropica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-09

RESUMO

Riqueza de macroinvertebrados aquáticos em riachos ao longo de um gradiente altitudinal no Sudeste do Brasil. Um estudo da riqueza e composição da fauna de insetos aquáticos de uma bacia hidrográfica com ênfase no gradiente altitudinal foi conduzido com o objetivo de testar a hipótese de que existe uma descontinuidade na composição da fauna relacionada à altitude e latitude. Na região Sudeste do Brasil, próxima à latitude 22°, a transição da fauna ritral-potamal deveria ocorrer em torno de 500 m. Com este objetivo central foram estudados 18 afluentes do Rio Mambucaba, Parque Nacional da Serra da Bocaina, SP-RJ, divididos em 6 faixas altitudinais (faixa 1: acima de 1500 m; faixa 2: 1200-1300 m; faixa 3: 900-1000 m; faixa 4: 400-700 m; faixa 5: 100-300 m e faixa 6: 0-100 m), sendo amostrados três riachos por faixa de altitude. Os insetos aquáticos foram identificados até o menor nível taxonômico possível. A maior riqueza foi observada nas altitudes entre 1200-1300 m, enquanto a menor riqueza ocorreu em altitudes inferiores a 100 m. O teste de espécies indicadoras mostrou táxons característicos para quatro das seis zonas altitudinais consideradas no presente trabalho. Os resultados do índice de Similaridade de Sorensen e da CCA mostraram que a comunidade de insetos aquáticos do Parque Nacional da Serra da Bocaina foi influenciada primariamente pela altitude e temperatura mais do que o tamanho do rio. A ausência de táxons indicativos, associada a menor riqueza de táxons e menor abundância entre as altitudes de 400-700 m sugerem uma zona de transição da fauna ritral para a fauna potamal, a qual parece ser distinta a 200 m.

ASSUNTO(S)

distribuição altitudinal distribuição espacial riqueza taxonômica macroinvertebrados bentônicos

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