Riqueza de fungos micorrÃzicos arbusculares no solo e o crescimento inicial de espÃcies arbÃreas nativas / Arbuscular mycorrhizal fungi richness in soil and the initial growth of native wood species

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Os mecanismos que controlam e mantÃm a diversidade, a produtividade primÃria e a estrutura das comunidades de plantas ainda nÃo foram completamente elucidados. Tem sido sugerido que os fungos micorrizicos arbusculares (FMAs) desempenham papel importante nas comunidades vegetais, mas hà carÃncia de provas experimentais comprobatÃrias desta funÃÃo. No presente estudo avaliaou-se em cinco experimentos de casa de vegetaÃÃo, o papel da riqueza de FMAs no crescimento individual e conjunto da Trema micrantha Blume, Schinus terebinthifolius Raddi, Senna macranthera (Vell.) Irw. &Barn. e Caesalpinia ferrea Mart. Quatro destes experimentos foram conduzidos com estas espÃcies crescendo individualmente e em um quinto estas cresceram em conjunto, simulando uma comunidade vegetal. Os tratamentos foram; um controle nÃo inoculado (NI), inoculaÃÃo com uma espÃcie de FMA (R1), duas (R2), quatro (R4) e oito espÃcies (R8) e um tratamento referencial com nÃvel alto de P do solo (AP). O crescimento das plantas foi favorecido no tratamento AP e na presenÃa de FMAs, em relaÃÃo ao NI. O aumento no crescimento esteve associado ao aumento na riqueza de espÃcies de FMAs no solo, sendo este mais evidente sob a condiÃÃo de crescimento conjunto das plantas do que destas individualmente. Em crescimento conjunto e na ausÃncia de FMAs a T. micrantha foi a espÃcie dominante, principalmente no tratamento AP onde representou mais de 70% da biomassa total das plantas. Jà na presenÃa de FMAs, a produÃÃo relativa de biomassa foi mais equilibrada, com ligeira dominÃncia da S. terebinthifolius. Analises da densidade de esporos e de eletroforese em gel com gradiente desnaturante (DGGE) da subunidade menor do rDNA (18S), extraÃdo de raÃzes e amplificado com os iniciadores NS31 e AM1, indicaram que mudanÃas na composiÃÃo de espÃcies na comunidade fungica no solo alterou a comunidade de FMAs nas raÃzes. O Glomus clarum dominou a comunidade radicular em R8, onde destacou-se tambÃm Gigaspora margarita e Scutellospora heterogama. A Gi margarita e a S. heterogama dominaram a comunidade radicular em R4 e a Gi. margarita foi a espÃcie dominante, quando apenas duas espÃcies estavam presentes na comunidade solo. O Glomus etunicatum somente apresentou bandas evidentes no gel de DGGE quando era a Ãnica espÃcie presente no solo. A comparaÃÃo do perfil eletroforÃtico dos FMAs colonizando os diferentes hospedeiros, sugere a existÃncia de relaÃÃes preferenciais planta-fungo. Isto pode refletir na capacidade de estabelecimento e competitividade entre as espÃcies de FMAs estudadas. Crescendo individualmente, as plantas responderam ao aumento da riqueza de FMAs somente atà R4, enquanto que, em comunidade, houve resposta atà R8. Conclui-se que o benefÃcio do aumento da riqueza de FMAs à maior para plantas crescendo em comunidades complexas e onde hà mais competiÃÃo.

ASSUNTO(S)

dgge dgge functional biodiversity simbiose fungo-raiz micorriza arbuscular plant-fungus relationships fungus-root symbiosis arbuscular mycorrhiza microbiologia e bioquimica do solo relaÃÃo planta-fungo biodiversidade funcional

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