REVISITAR O CONCEITO DE COMUNIDADE PARA DISCUTIR SUA APLICAÇÃO A CONTEXTOS TELECOLABORATIVOS

AUTOR(ES)
FONTE

Alfa, rev. linguíst. (São José Rio Preto)

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/09/2019

RESUMO

RESUMO: O objetivo deste artigo é discutir o conceito de comunidade em contextos multimodais de projetos telecolaborativos, específicamente o teletandem (TELLES, 2006). Comunidades discursivas (CD) são agrupamentos de indivíduos que se unem para atingir seus propósitos comunicativos por meio de gêneros (SWALES, 1990). Embora o conceito tenha sido extensivamente discutido em contextos acadêmicos, parece não haver estudos que envolvam o tema e sua importância para a telecolaboração. Uma tentativa nesse sentido é o trabalho de Silva (2012) sobre a comunidade teletandem (CT), no qual a autora investiga os estudantes que participam do projeto Teletandem Brasil: Línguas Estrangeiras para Todos. Partimos dos critérios elaborados por Silva para a definição de CT e nossa análise deriva de nossa observação intensa e criteriosa da prática de teletandem no laboratório de teletandem da UNESP - São José do Rio Preto. Os resultados indicam que os membros de comunidades que eventualmente se agrupam em contextos telecolaborativos tendem a serem regulados por regras locais e externas, engendrarem organizações complexas e compartilharem gêneros para alcançarem seus objetivos.ABSTRACT: The aim of this article is to discuss the concept of community in multimodal contexts of telecollaborative projects, specifically the one named teletandem (TELLES, 2006). Discourse communities (DC) are groupings of individuals who get together in order to achieve their communicative purposes through genres (SWALES, 1990). Although the concept has been extensively discussed in academic settings, there seems to be a lack of studies involving the theme and its importance for telecollaboration. One attempt in doing so is Silva's (2012) account of the teletandem community (TC), in which she investigates students who participate in the project Teletandem Brasil Foreign Languages for All (Teletandem Brasil: Língua Estrangeira para Todos). Our starting point is her criteria for defining TC and our analysis derives from our intense and attentive observation of teletandem practice at teletandem laboratory at UNESP - São José do Rio Preto. The results indicate that members of communities that are occasionally gathered in telecollaboration contexts tend to be governed by local and external rules, form complex organizations and share genres to achieve their goals.

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