Revisitando a tireoglobulina sérica no seguimento de pacientes com carcinoma diferenciado de tireóide

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-08

RESUMO

Este estudo avaliou a tireoglobulina (Tg) sérica dosada em hipotireoidismo em 207 pacientes com carcinoma diferenciado de tireóide tratados com tireoidectomia total e ablação com radioiodo e anticorpos anti-Tg indetectáveis. O estadiamento da doença foi definido pelo exame clínico, Tg estimulada, varredura com radioiodo pré e/ou pós-terapia ablativa e outros métodos de imagem (RX, US, TC e varredura com sestamibi). O intervalo médio desde a terapia inicial foi de 2,3 anos. Dos pacientes, 153 (74%) não apresentavam doença evidente, 34 (16,4%) tinham metástases (Mt) cervicais ou mediastinais e 20 (9,6%) Mt distantes. O valor de 1ng/ml da Tg foi o que melhor discriminou pacientes com e sem doença aparente, com 100% de sensibilidade para Mt distantes, 88,2% para doença em leito tireoidiano ou linfonodos e especificidade de 88,8% para Mt de qualquer natureza, e 74,8% considerando apenas Mt distantes. Dos pacientes com Tg <1ng/ml, 2,8% apresentavam Mt cervicais. Doença cervical ou mediastinal representou 26% dos casos com valores de Tg entre 1 e 5ng/ml. Tg entre 5 e 10ng/ml foi associada a Mt distantes em 14,2% dos casos, os demais apresentavam Mt linfonodais. Mt distantes foram diagnosticadas em 51,3% dos pacientes com Tg >10ng/ml. Sugerimos a necessidade de US cervical mesmo em pacientes com Tg <1ng/ml; que pacientes com Tg <5ng/ml sejam investigados apenas com US cervical e TC de mediastino; e que a terapia empírica fique reservada aos casos com Tg no mínimo >5ng/ml.

ASSUNTO(S)

tireoglobulina carcinoma de tireóide seguimento

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