Revisando a prevenção da pré-eclâmpsia com aspirina em baixa dose: uma revisão sistemática dos principais estudos randomizados controlados

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-10

RESUMO

Esta revisão busca reúne estudos sobre a eficácia da aspirina em baixas doses na prevenção da pré-eclâmpsia em pacientes de alto e baixo risco. Identificamos estudos clínicos randomizados controlados usando baixas doses de aspirina para prevenir a pré-eclâmpsia, publicados no MEDLINE. Vinte e dois estudos preencheram nossos critérios de inclusão. Dividimos os estudos de acordo com a população estudada em dois grupos: estudos com mulheres de baixo risco para pré-eclâmpsia e estudos com pacientes de alto risco. A principal medida de efeito foi a incidência de pré-eclâmpsia em pacientes que usaram placebo ou aspirina, na qual os riscos relativos e os intervalos de confiança de 95% foram calculados para os grupos de pacientes de baixo e de alto risco para pré-eclâmpsia. Um total de 33.598 pacientes foram estudadas, dentre as quais cinco estudos com 16.700 pacientes de baixo risco e 17 estudos incluindo 16.898 pacientes de alto risco. As incidências de pré-eclâmpsia no geral, no grupo de baixo e no de alto risco foram de 6,40% (2.150/33.598), 3,75% (626/17.700), e 9,01% (1.524/16.898), respectivamente. Baixas doses de aspirina não tiveram efeito estatístico significante na redução da incidência de pré-eclâmpsia em pacientes de baixo risco (RR=0.95, 95%CI = 0.81-1.11), porém apresentaram pequenos benefícios em mulheres de alto risco (RR=0.87, 95%CI=0.79-0.96). Esta análise leva à conclusão de que baixas doses de aspirina têm pequeno efeito na redução da incidência da pré-eclâmpsia em pacientes com alto risco de desenvolver a doença.

ASSUNTO(S)

pré-eclâmpsia prevenção aspirina metanálise

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