Reversão da síndrome metabólica na obesidade mórbida: adiponectina como um marcador da sensibilização à insulina e do aumento do HDL-colesterol após o bypass gástrico

AUTOR(ES)
FONTE

Arq Bras Endocrinol Metab

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

OBJETIVO: Identificar a relação entre adiponectina e parâmetros metabólicos em mulheres obesas mórbidas durante o emagrecimento por bypass gástrico. MÉTODOS: Dezenove magras (CT - IMC: 21,2 ± 0,3 kg/m²), 14 com sobrepeso/obesidade classe II (OB/OW - IMC: 29,7 ± 0,7 kg/m²) e oito obesas classe III (OBIII - IMC:56,4 ± 3,6 kg/m²) foram avaliadas pelo clamp euglicêmico-hiperinsulinêmico, adiponectina e lípides. OBIII submeteram-se aos mesmos testes no quinto e décimo-sexto mês pós-operatório. RESULTADOS: comparados a CT, os grupos obesos tiveram menor adiponectinemia (OB/OW: 9,4 ± 0,9, OBIII: 7,1 ± 1,3 versus 12,2 ± 0,9 ng/dL; p < 0,01), menor HDL-colesterol (OB/OW: 1,05 ± 0,05, OBIII: 0,88 ± 0,04 versus 1,22 ± 0,07 mmol/L; p < 0,01) e resistência insulínica - RI (captação de glicose, M - OB/OW:43,6 ± 2,7, OBIII:32,4 ± 3,2 versus 20,0 ± 1,8 umol/kgFFM.min; p < 0,001). Analisando todos os voluntários: adiponectina correlacionou-se negativamente com IMC, circunferência da cintura e positivamente ao M-clamp e HDL-colesterol (p < 0,01). No emagrecimento, houve melhora da RI (Estudo III:36,1 ± 3,9 umol/kgFFM.min, p < 0,0001), adiponectina (11,8 ± 1,4 ng/dL, p = 0,006) e HDL-colesterol (1,10 ± 0,04 mmol/L, p = 0,007). Aumentos do HDL-colesterol foram significativa e independentemente relacionados às variações da adiponectina e IMC (r² = 0,86; p < 0,0002). CONCLUSÕES: A melhora da RI e adiponectina no emagrecimento induzido por bypass gástrico sugerem um importante papel da adiponectina na regulação do HDL-colesterol.

ASSUNTO(S)

obesidade adiponectina resistência à insulina perda de peso derivação gástrica colesterol hdl clamp de glucose

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