Reumatologia intervencionista: competência dos reumatologistas brasileiros
AUTOR(ES)
Landa, Aline Teixeira de, Natour, Jamil, Furtado, Rita Nely Vilar
FONTE
Rev. Bras. Reumatol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-12
RESUMO
Resumo Objetivos: Descrever a competência dos reumatologistas brasileiros na reumatologia intervencionista (RI); avaliar a associação entre essa capacidade e variáveis demográficas e de treinamento. Métodos: Fez-se um estudo transversal com 500 reumatologistas brasileiros. Os participantes foram avaliados por questionário autoadministrado, constituído por dados demográficos, treinamento, prática em consultório e conhecimento em dados de RI. Resultados: Analisaram-se os dados de 463 participantes. A média foi de 40,2 anos (± 11,2). Desses, 70% fizeram injeções periarticulares (IPA) e 78% intra-articulares (IIA). A amostra foi dividida em três grupos: não intervencionista, pouco intervencionista e muito intervencionista. O grupo não intervencionista apresentou (p < 0,001 - 0,04) maior média de idade, menor proporção de vínculo universitário, menor história de treinamento, maior proporção de graduados na Região Sudeste do país e maior proporção de graduados nas décadas de 1980 a 1989. O grupo muito intervencionista apresentou (p < 0,001 - 0,018) maior proporção de reumatologias que atendem pacientes adultos, maior proporção de vínculo universitário, maior tempo de treinamento de prática de procedimentos complexos, maior proporção de graduados no sul do país, treinados e com consultório particular nessa região. As variáveis mais frequentemente associadas ao subgrupo muito intervencionista foram realização de IIA axial (OR: 7,4, p < 0,001), biópsia sinovial (OR: 5,75, p = 0,043), IIA guiada por imagem (OR: 4,16, p < 0,001), viscossuplementação (OR = 3,41, p < 0,001), lavagem articular (OR = 3,22, p = 0,019), biópsia da glândula salivar (OR = 2,16, p = 0,034) e mais de seis meses de treinamento (OR: 2,16; p = 0,008). Conclusões: Fazer procedimentos invasivos mais complexos e ter mais de seis meses de treinamento em RI foram as variáveis associadas a um maior perfil intervencionista.
ASSUNTO(S)
infiltração articular competência reumatologista treinamento
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