Retrieval-Based Learning in Neuroanatomy Classes

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. educ. med.

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/10/2019

RESUMO

RESUMO As faculdades de Medicina são continuamente desafiadas a desenvolver modalidades de ensino que melhorem a compreensão e a retenção do conhecimento anatômico. Tradicionalmente, a aprendizagem tem sido considerada como a codificação de novos conhecimentos, enquanto a evocação tem sido considerada apenas um meio para avaliar a aprendizagem. Pesquisas demonstram que a prática da evocação do conhecimento é uma maneira de promover um aprendizado robusto, durável e transferível para novos contextos. Isso implica que os alunos deixem de lado o material que estão aprendendo e pratiquem ativamente reconstruí-lo por conta própria. Um desafio geral é desenvolver maneiras de implementar a aprendizagem baseada em evocação em ambientes educacionais. Desenvolvemos uma abordagem pedagógica que implementa a aprendizagem baseada em evocação em aulas práticas de neuroanatomia, que difere do ensino usual de neuroanatomia, na medida em que envolve ativamente os alunos na aprendizagem. Requer que os estudantes recuperem conhecimentos anatômicos em forma oral e escrita, bem como identifiquem estruturas em material cadavérico. As aulas práticas de anatomia tradicionalmente se baseiam na exposição passiva dos estudantes ao material de cadáveres, com o professor apontando e nomeando estruturas anatômicas. Desde agosto de 2014, aplicamos a prática da evocação em aulas de neuroanatomia. Um total de 720 alunos foi incluído no estudo. O desempenho dos alunos uma semana após a aula prática foi melhor no grupo submetido ao método de ensino tradicional do que no grupo de aprendizagem baseada em evocação (p < 0,0001, tamanho do efeito = 0,60). Quatro semanas após a intervenção, no entanto, o desempenho dos alunos que aprenderam usando uma abordagem baseada na evocação foi melhor do que o dos estudantes passivamente expostos ao material de aprendizagem (p < 0,0001, tamanho do efeito = 0,75). Em conjunto, nossos resultados sugerem que o aprendizado baseado em evocação tem um efeito maior na retenção a longo prazo. A aprendizagem baseada em evocação é fácil de aplicar e econômica. Pode ser implementada em praticamente qualquer ambiente educacional. Esperamos que nosso relato possa inspirar os educadores a adotarem abordagens de práticas de aprendizagem por evocação e a buscarem maneiras de aplicar métodos de ensino e aprendizagem derivados da pesquisa sobre educação em salas de aula reais.ABSTRACT Medical schools are continuously challenged to develop teaching modalities that improve understanding and retention of anatomical knowledge. Traditionally, learning has been regarded as the encoding of new knowledge, whereas retrieval has been considered a means for assessing learning. A solid body of research demonstrates that retrieval practice is a way to promote learning that is robust, durable, and transferable to new contexts. It involves having learners set aside the material they are learning and practice actively reconstructing it on their own. A general challenge is to develop ways to implement retrieval-based learning in educational settings. We developed a pedagogical approach that implements retrieval-based learning in practical neuroanatomy classes, which differs from usual neuroanatomy teaching in that it actively engages students through active learning. It requires students to retrieve anatomical knowledge in oral and written form, as well as to identify structures in cadaveric material. Practical anatomy classes have traditionally relied on students’ passive exposure to cadaveric material, with the lecturer pointing to and naming anatomical structures. Since August 2014, we have been applying retrieval practice in neuroanatomy classes. A total of 720 students were included in the study. Student performance one week after the practical lesson was higher in the traditional method group than in the retrieval-based learning group (p < 0.0001, effect size = 0.60). Four weeks after the intervention, however, the performance of students who learned using a retrieval-based approach was higher than that of students passively exposed to the learning material (p < 0.0001, effect size = 0.75). Taken together, our results suggest that retrieval-based learning has a greater effect on long-term retention. Retrieval-based learning is easy to apply and cost-effective. It can be implemented in nearly any educational setting. We hope that our report may inspire educators to adopt retrieval practice approaches and seek ways to apply methods from learning research in actual classrooms.

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