Retornos da educação e o desequilíbrio regional no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Economia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

O problema do desequilíbrio regional brasileiro normalmente tem sido tratado na literatura nacional a partir de investigações que utilizam a renda e/ou PIB per capita como variáveis de análise. Para sociedades com baixos níveis de desigualdade, esse procedimento é uma boa representação do bem-estar social. Entretanto, para economias com elevados níveis de pobreza e desigualdade, a utilização da renda ou PIB pode não ser apropriada. Nesse sentido, esse artigo discute se a aproximação da renda per capita existente entre o Nordeste e o Sudeste brasileiro também vem ocorrendo em termos de bem-estar social. Para esse objetivo, duas medidas de bem-estar social são utilizadas: Sen (1977) e Kakwani e Son (2008). Os resultados apontam que, assim como ocorre com a renda per capita, também está havendo aproximação de bemestar considerando a medida de Sen. Entretanto, quando se leva em conta o movimento da renda dos mais pobres, presente no segundo índice, constata-se um afastamento entre as duas regiões. As análises são feitas para o período de 1995 a 2007. Por fim, identificou-se que foram os ganhos de produtividade dos trabalhadores pertencentes a famílias pobres no Sudeste os principais responsáveis por esse distanciamento.

ASSUNTO(S)

desequilíbrio regional bem-estar social mercado de trabalho

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