Rethinking resting eggs decapsulating

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Limnol. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/10/2019

RESUMO

Resumo Objetivo Temperatura e luz são reconhecidas como importantes fatores para eclosão de efípios em sistemas dulcícolas tropicais e temperados. Curiosamente, alguns autores sugerem que remover a cápsula dos ovos de resistência seria um benefício quando se trata de estudos de eclosão ex situ, expondo esses ovos a uma maior quantidade de luz. Este estudo teve como objetivo comparar a diferença na taxa de eclosão entre os ovos de resistência descapsulados e efípios intactos de Daphnia laevis, (Cladocera) que ocorre em lagos tropicais. Métodos Os efípios utilizados neste trabalho foram coletados no sedimento de um reservatório na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais, Brasil). O experimento foi realizado em laboratório com dois grupos distintos: efípios intactos e ovos de resistência descapsulados. Para isso, descapsulamos manualmente 120 efípios e mantivemos outros 120 intactos (seis réplicas com 20 efípios cada) e incubamos todos a 22ºC (fotoperíodo de 12h) por 30 dias, fazendo monitoramento diário. Resultados Os resultados mostraram que o decapsulamento influenciou negativamente o sucesso da incubação, uma vez que os efípios intactos apresentaram 22% de taxa de eclosão, e os descapsulados, apenas 6%. Além disso, até o vigésimo sétimo dia foi observado nascimento de Daphnias do grupo com efípios intactos, enquanto que para o grupo de ovos descapsulados, a última eclosão ocorreu no décimo dia. Os ovos descapsulados estão sujeitos à alta luminosidade que pode comprometer o desenvolvimento do embrião. Conclusões Neste contexto, sugerimos que a remoção da cápsula protetora dos ovos seja feita com cautela, pois em algumas espécies isso pode danificar os ovos de resistência, alterando a viabilidade e comprometendo a exatidão dos estudos com taxas de eclosão.Abstract Aim Temperature and light have been recognized as important factors for ephippia hatching in temperate and tropical freshwater systems. Oddly some authors suggested that decapsulation of resting eggs would be a pro when it comes to ex situ hatching studies, exposing those eggs to a greater amount of light. This study aimed to compare the difference in the hatching rate between resting eggs decapsulated and intact ephippia of Daphnia laevis, a zooplankton that occurs at lakes, in tropical freshwaters (Cladocera). Methods The ephippia used in this work were collected at the sediment of a reservoir, in Belo Horizonte city (Minas Gerais, Brazil). We set up the laboratory experiment with two distinct groups: intact ephippia and decapsulated resting eggs. For that, we manually decapsulated 120 ephippia and kept 120 others intact (six replicas with 20 ephippia each), then incubated them all with culture water at 22ºC (12h photoperiod) for 30 days with daily monitoring. Results The results showed that decapsulation influenced negatively the hatching success, as the intact ephippia had a hatching rate of 22%, while those decapsulated only had 6%. In addition, Daphnia hatchlings were observed for intact ephippia group up to the twenty-seventh day, while for the decapsulated the last hatching occurred on the tenth day. Decapsulated eggs are subject to high exposure to light and it may jeopardize the embryo development. Conclusions In this context, we suggest that removing the protective capsule from the eggs needs to be done with caution, since in some species this can damage the resting eggs, which alters the viability and compromise the accuracy of the hatching rates studies.

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