RetenÃÃo de metais pesados em tecidos de fungos micorrÃzicos arbusculares in vitro / Heavy metal retention in arbuscular mycorrhizal fungi in vitro

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A contaminaÃÃo do solo por metais pode interferir no funcionamento normal das plantas e da biota do solo. A revegetaÃÃo de Ãreas contaminadas à um processo difÃcil e, por isso, uma atenÃÃo especial vem sendo dada aos microrganismos do solo, que podem favorecer a fitorremediaÃÃo nestes ambientes, destacando-se os fungos micorrÃzicos arbusculares (FMAs). Tem sido sugerido que a imobilizaÃÃo dos metais no micÃlio constitui o provÃvel mecanismo de proteÃÃo das micorrizas Ãs plantas, mas os mecanismos envolvidos ainda nÃo sÃo bem conhecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de retenÃÃo de metais pesados em tecidos de FMAs crescidos in vitro. Tecido micelial de Glomus clarum e Glomus FDS1 foi obtido por meio do cultivo de raÃzes transformadas por Agrobacterium rizogenes, enquanto Gigaspora gigantea foi obtido por meio da inoculaÃÃo deste em plÃntulas de batata-doce in vitro. Para a realizaÃÃo dos ensaios de retenÃÃo, foram utilizadas soluÃÃes contendo Cu, Zn, Cd e Pb, na concentraÃÃo de 15 Âmol L-1, aplicados isoladamente ou em mistura, sendo os FMAs expostos por um perÃodo de 1, 3, 5, 15, 30, 45 e 120 minutos. Foi observado que a retenÃÃo de metais pesados em tecidos de FMAs à um processo rÃpido, sendo mais intensa nos 20 minutos iniciais de exposiÃÃo. A velocidade de retenÃÃo de Cu para G. clarum foi elevada, atingindo valores da ordem de 595,7 Âg de Cu g-1 tecido fÃngico/minuto, enquanto, para Zn, esta foi de 138 Âg de Zn g-1 tecido fÃngico/minuto para G. gigantea. Independentemente dos isolados fÃngicos testados, a velocidade de retenÃÃo decresce na seguinte ordem: Cu>Zn>>Cd>Pb. Dentre os isolados de FMAs testados, G. clarum apresentou maior capacidade mÃxima de retenÃÃo para Cu, Cd e Pb, atingindo valores da ordem de 3.259, 69 e 39 Âg g-1 tecido fÃngico, respectivamente, enquanto para Zn foi G. gigantea, com capacidade mÃxima de retenÃÃo de 729 Âg de Zn g-1 tecido fÃngico. Quando os metais foram aplicados simultaneamente em soluÃÃo, verificou-se que a capacidade de retenÃÃo atingiu valores de menor magnitude, tendo, para G. clarum e G. gigantea, a retenÃÃo de Cu sido de 295 e 212 Âg de Cu g-1 tecido fÃngico, enquanto que, para Zn, foi de 113 e 210 Âg de Zn g-1 tecido fÃngico, respectivamente. Os resultados evidenciam a elevada capacidade de retenÃÃo de Cu e Zn pelos tecidos fÃngicos de G. clarum e G. gigantea, sendo estes isolados promissores para futuros estudos em programas de fitorremediaÃÃo.

ASSUNTO(S)

poluiÃÃo do solo. cultura monoxÃnica ciencia do solo biossorÃÃo soil fungal fungos do solo

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