Retalho fasciocutâneo bipediculado para tratamento de meningomieloceles
AUTOR(ES)
Fraga, Murillo Francisco Pires, Mello, Daniel, Perin, Luis Fernando, Helene Jr, Américo
FONTE
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-09
RESUMO
INTRODUÇÃO: Os defeitos congênitos do tubo neural e tecidos associados são classificados como disrafismos espinhais, sendo a meningomielocele a forma mais grave. Objetivos: Avaliar a eficácia do retalho fasciocutâneo bipediculado bilateral no tratamento das meningomieloceles. MÉTODO: A técnica foi utilizada em 9 pacientes com diagnóstico de meningomielocele, no período de dezembro de 2006 a janeiro de 2009. Os pacientes foram submetidos à correção cirúrgica nas primeiras 36 horas de vida, com atuação conjunta das equipes de Neurocirurgia e de Cirurgia Plástica. RESULTADOS: Observou-se que a principal localização do defeito foi a região lombossacra (77,78%), seguida da toracolombar (11,11%) e torácica (11,11%). A utilização do retalho fasciocutâneo bipediculado bilateral possibilitou o fechamento da lesão em todos os casos. O defeito apresentava, em média, 32,1 cm². A única complicação observada nesta série foi a epiteliólise segmentar do retalho na linha média, observada em 1 (11,1%) paciente. Discussão: A escolha do retalho fasciocutâneo bipediculado bilateral utilizada nos casos apresentados deve-se à segurança em relação à vascularização, menor tempo cirúrgico quando comparado aos retalhos musculares, facilidade da dissecção, aplicabilidade e baixos índices de complicação. CONCLUSÃO: O retalho fasciocutâneo bipediculado e bilateral é adequado para o tratamento das meningomieloceles.
ASSUNTO(S)
disrafismo espinal meningomielocele retalhos cirúrgicos
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