Resultados funcionais após tratamento de câncer retal

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-03

RESUMO

INTRODUÇÃO: Com o aumento da sobrevida após câncer retal, o resultado funcional se tornou cada vez mais importante. Após ressecção com preservação do esfíncter, muitos pacientes sofrem de disfunção intestinal com um impacto sobre a qualidade de vida (QdV) - denominada síndrome da ressecção anterior baixa (LARS).OBJETIVO DO ESTUDO: Fornecer uma visão geral do conhecimento atual da LARS com relação à sintomatologia, à ocorrência, aos fatores de risco, à fisiopatologia, aos instrumentos de avaliação e às opções de tratamento.RESULTADOS: A LARS é caracterizada por movimentos intestinais repentinos e frequentes, dificuldades de esvaziamento e incontinência e ocorre em até 50-75% dos pacientes em longo prazo. Os fatores de risco conhecidos são anastomose baixa, radioterapia, lesão direta do nervo e anastomose direta. A fisiopatologia parece multifatorial, com elementos de disfunção anatômica, sensorial e da motilidade. O uso de instrumentos validados para avaliação da LARS é essencial. Atualmente, não há comprovações de tratamento da LARS. Ainda hoje, a irrigação transanal e a estimulação do nervo sacral são comprometidas.CONCLUSÃO: A LARS é um problema comum após ressecção com preservação do esfíncter. Todos os pacientes devem ser informados sobre o risco de LARS antes da cirurgia, e o rastreamento da LARS deve ser rotineiro após a cirurgia. Pacientes com LARS severa devem receber tratamento para melhorar a QdV. O foco futuro deve ser nas possibilidades de tratamento sem ressecção a fim de evitar a LARS.

ASSUNTO(S)

câncer retal lars disfunção intestinal resultado funcional qualidade de vida

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