Resultados em curto e longo prazos do reparo por sobreposição do esfíncter anal para incontinência fecal após lesão esfincteriana

AUTOR(ES)
FONTE

J. Coloproctol. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-03

RESUMO

Resumo Objetivo Diversas técnicas são usadas no reparo do esfíncter anal após lesões. O objetivo deste estudo é fazer uma análise completa dos desfechos nos curto e longo prazos do reparo por sobreposição após lesão do esfíncter anal. Métodos Realizou-se uma busca nas bases de dados PubMed, Medline, Embase, Scopus e Google Scholar entre janeiro de 2000 e janeiro de 2020. Estudos que descreviam desfechos específicos do reparo de esfíncter por sobreposição para incontinência fecal, com um mínimo de 1 ano de seguimento, foram selecionados. Resultados No total, 22 estudos descreviam os desfechos do reparo de esfíncter por sobreposição. No entanto, 14 estudos incluíam outras técnicas cirúrgicas além do reparo por sobreposição, e foram excluídos da análise. Por fim, dados de 8 estudos que incluíam 429 reparos foram analisados. Todos os estudos usaram pelo menos um instrumento objetivo, mas havia uma heterogeneidade significativa entre eles. A maioria dos pacientes era do sexo feminino (n=407; 94,87%), e a idade média dos indivíduos incluídos foi de 44,6 anos. A maioria das cirurgias foi realizada devido a lesões obstétricas (n=384; 89,51%). Os oito estudos incluídos descreveram os desfechos no longo prazo, e sete deles demonstraram melhoras estatisticamente significativas com relação à continência; um estudo descreveu resultados ruins em termos gerais com relação à continência. As pontuações no longo prazo foram significativamente melhores em comparação com as pontuações no pré-operatório. No entanto, em comparação com as pontuações no curto prazo, percebeu-se uma piora estatisticamente significativa no longo prazo. Conclusão A maioria dos estudos descrevia bons resultados no longo prazo em termos de continência anal depois do reparo do esfíncter por sobreposição. Entretanto mais estudos são necessários para que se identifiquem os fatores associados aos desfechos ruins para auxiliar na seleção de pacientes para o reparo por sobreposição.

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