Resultado do tratamento da tuberculose com estreptomicina, isoniazida e etambutol (esquema SHM)
AUTOR(ES)
PICON, PEDRO DORNELLES, DELLA GIUSTINA, MARIA DE LOURDES, RIZZON, CARLOS FERNANDO CARVALHO, BASSANESI, SÉRGIO LUIZ, ZANARDO, ANA PAULA, MICHALCZUK, MATHEUS TRUCCOLO, DEI RICARDI, LETÍCIA REBOLHO
FONTE
Jornal de Pneumologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-07
RESUMO
Objetivo: Avaliar o desempenho do esquema SHM (estreptomicina, isoniazida e etambutol), na rotina de trabalho de uma unidade ambulatorial de tratamento da tuberculose. Método: Setenta e oito pacientes tuberculosos, cujo tratamento prévio com o esquema RHZ (seis meses de rifampicina, isoniazida e pirazinamida) teve de ser interrompido devido a efeitos adversos, ou que não puderam receber o esquema RHZ por serem de alto risco para hepatotoxicidade a esse esquema, foram tratados ambulatorialmente com o esquema de 12 meses de SHM, de 1986 a 1994, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Resultados: Em três pacientes houve necessidade de troca de esquema por toxicidade (3,8%). Nos 75 restantes observaram-se 58 curas (77,3%), oito abandonos (10,7%), cinco falências (6,7%) e quatro óbitos (5,3%). A taxa teórica de cura, que é o percentual de cura entre os bacilíferos que fizeram tratamento regular, foi de 95,3%. Reações adversas ocorreram em 32 pacientes (41%), sendo as mais freqüentes as manifestações de dano vestibular, em 18 (23,1%). Esses resultados foram comparados com os obtidos no mesmo ambulatório com o esquema de 12 meses de RHM (rifampicina, isoniazida e etambutol) e de seis meses de RHZ. Conclusão: O esquema SHM pode ser recomendado como alternativa para o tratamento da tuberculose quando o esquema RHZ não pode ser indicado.
ASSUNTO(S)
tuberculose estreptomicina isoniazida etambutol resultado de tratamento toxicidade antituberculosos
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