Restrição de crescimento intrauterino em gêmeos monocoriônicos diamnióticos.

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Objetivo: avaliar a morbidade e mortalidade neonatal em gestações monocoriônicas e diamnióticas (MCDA) acometidas pela restrição de crescimento fetal seletiva (RCFS) e não seletiva (RCFNS). Métodos: os parâmetros de morbidade e mortalidade neonatais foram avaliados em 34 gêmeos com RCF (abaixo do percentil 10 de uma curva de crescimento para gêgêmeos): 18 com RCFS e 16 com RCFNS. O grupo com RCFS teve origem em 18 gestações, em que somente um feto apresentava RCF. O grupo com RCFNS teve origem em 8 gestações em que ambos os fetos apresentavam RCF. Foram excluídos deste estudo casos da síndrome da transfusão feto-fetal e malformações fetais. Resultados: os gêmeos de gestações MCDA com RCFS apresentaram maior frequência de entubação orotraqueal (p=0,001), ventilação mecânica (p=0,0006) e maior tempo em jejum durante internação (p=0,014), quando comparados aos gêmeos de gestações MCDA com RCFNS. No grupo com RCFS, também foram observados maior frequência de tipos II e III de dopplervelocimetria de artéria umbilical (p=0,002). Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à mortalidade neonatal (p=0,09). Conclusão: em gestações gemelares MCDA, a RCFS representa maior frequência de alterações severas na velocimetria Doppler da artéria umbilical e piores resultados na morbidade neonatal.

ASSUNTO(S)

gêmeos monozigóticos doenças em gêmeos retardo do crescimento fetal fluxometria por laser doppler morbidade recém-nascido

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