Restrição de crescimento extrauterino : problema universal entre os prematuros
AUTOR(ES)
FREITAS, Brunnella Alcantara Chagas de, PRIORE, Silvia Eloiza, LIMA, Luciana Moreira, FRANCESCHINI, Sylvia do Carmo Castro
FONTE
Rev. Nutr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-02
RESUMO
RESUMO Objetivo: Analisar o crescimento de prematuros nas primeiras semanas de vida e fatores associados à restrição de crescimento extrauterino. Métodos: Estudo transversal realizado entre 01/01/2008 e 31/12/2010 com 254 prematuros em unidade de terapia intensiva. Excluíram-se óbitos e malformações incompatíveis com a vida. Construíram-se curvas de medianas de peso para as quatro primeiras semanas de vida de acordo com a idade gestacional. Calcularam-se escores-Z do peso pela planilha Fenton growth chart calculations. Definiu-se restrição de crescimento extrauterino pelos escores-Z do peso ≤-2 para a idade corrigida na alta hospitalar. Analisaram-se associações entre variáveis perinatais, assistenciais e morbidades com a restrição de crescimento extrauterino. Utilizou-se a regressão de Poisson para controlar os possíveis fatores de confundimento. Resultados: A frequência de restrição de crescimento extrauterino foi de 24%. Dos pequenos para a idade gestacional, 85% evoluíram com restrição de crescimento extrauterino. Prematuros com idade gestacional >32 semanas não recuperaram medianas de peso ao nascer até a terceira semana de vida, e, dentre eles, estava a maior frequência de pequenos para a idade gestacional. Os não pequenos para a idade gestacional apresentaram maior queda do escore-Z de peso do nascimento à alta quando comparados aos pequenos para a idade gestacional. Associaram-se à restrição de crescimento extrauterino nascer pequeno para a idade gestacional (RP=6,14; IC95%=3,33-11,33; p<0,001) e tempo sem dieta enteral (RP=1,08; IC95%=1,04-1,13; p=0,010). Conclusão: A restrição de crescimento extrauterino ocorre entre prematuros de todas as idades gestacionais, ressaltando--se a participação do nascimento pequeno para a idade gestacional e das práticas nutricionais na sua gênese. Sugerem-se estudos prospectivos que envolvam todos os prematuros. A implementação de boas práticas assistenciais que visem melhorar a oferta nutricional e individualizada para os pequenos para a idade gestacional pode minimizar o problema .
ASSUNTO(S)
crescimento e desenvolvimento prematuro desnutrição
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